Há algo de podre no reino da Dinamarca
Tudo o que a gente não gostava no Lula o nosso presidente está fazendo igual. O Molusco armou o seu esquema na surdina, durante 16 anos, e o Mito, de um jeito bem descarado, já fez o bastante em apenas um ano e meio.

Bolsonaro alardeou na campanha para a presidência que combateria a corrupção com todas as suas forças. Convidou até o juiz que mais prendeu corruptos para sua pasta da Justiça. Mas quando as denúncias chegaram perto dos filhos, ele fez de tudo para que o ministro pedisse demissão.
Não bastassem as intromissões na Polícia Federal, a nomeação do Augusto Aras para procurador-geral da República é a prova de que o Bolsonaro nunca ia concordar com o Sérgio Moro, tanto que esta semana sete procuradores paulistas pediram demissão na força-tarefa da Lava Jato um dia depois de o Deltan Dallagnol ter deixado o seu cargo em Curitiba.
Enquanto isso, para que ninguém preste muita atenção no fim da Lava Jato, para disfarçar o Presidente Cloroquina continua dando de ombros para a pandemia, ameaça repórteres, assina decretos e depois volta atrás, gasta um dinheirão para produzir vacinas e depois diz que ninguém é obrigado a ser vacinado. É um hospício.
Em Hamlet, Shakespeare escreveu sobre a loucura fingida na corte da Dinamarca abordando temas como traição, vingança, corrupção e moralidade.
Alguma diferença?