O truque do Divino

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Nos anos 80, o técnico Telê Santana (foto, ao centro) deu uma palestra para os jornalistas na Associação dos Cronistas Esportivos de São Paulo. Naquele dia, o presidente Mário Marinho e eu, o seu vice, recebemos na ACEESP o polonês Kaziemierz Górski.

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Durante o coquetel, o técnico da Polônia na partida de 1974 em que o Brasil ficou em terceiro lugar na Copa da Alemanha, perguntou pelo “albino” e nós percebemos tratar-se do Ademir da Guia.

Górski contou que, naquele jogo, o Divino girava no sentido anti-horário e os marcadores ficavam perdidos em campo. No intervalo, Rivellino o substituiu e a Polônia ganhou por 1 a 0, gol do ponta Lato.

Eu já contei essa história aqui, mas acho que vale a pena relembrá-la. Nos anos 70, trabalhei na cobertura do Palmeiras para o Jornal da Tarde durante três anos e assisti, nos estádios, a mais de 100 jogos do Ademir. Nunca percebi isso.

A partir daquele dia com o Górski eu pensei bastante nesse truque, que explicava perfeitamente o fato dele sempre ficar com a bola, sozinho, elegante. Em vídeotapes de jogos eu pude constatar que os marcadores, cientes de que ele era destro, acabavam sendo iludidos pelo giro de 360 graus que o Divino dava para o seu lado esquerdo.

Um dia, encontrei com o Ademir no lançamento da sua candidatura a vereador de São Paulo (que tristeza) e perguntei onde ele aprendeu a usar aquele movimento.

Ele perguntou: “Eu girava no sentido anti-horário? Verdade?”

Um comentário em “O truque do Divino

    Gedson Manoel Hummel de Lima disse:
    22 de fevereiro de 2018 às 08:55

    Aldemir da Guia, com passadas largas era um dos mais rápidos do. Palmeiras, precisou um Polonês perceber sua genialidade.
    Parabéns Divino, além de enganar seus marcadores , com giro de 360° enganou tbm os entendidos do Futebol.

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