Dedo-duro arrasador

Postado em

Nos anos 70, quando eu era chefe de esportes da Rádio Globo, trabalhei com o J. Hawilla que hoje se transformou na pessoa mais odiada no meio corrupto do esporte. Com a sua delação premiada, aceita em 2014, ele desencadeou a maior caçada já feita pelo FBI aos dirigentes que ganharam dinheiro fácil no futebol.

230 - hawilla

Antes do acordo selado nos EUA, onde vários dos seus crimes foram cometidos, Hawilla gravou as pessoas subornadas, como fez o Joesley Batista. Depois, em troca de pagar U$ 151 milhões (quase meio bilhão de reais), ele escapou da prisão americana.

No começo desta semana, mesmo com graves problemas respiratórios, Hawilla reiterou as denúncias e implicou ainda mais os brasileiros Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero.

Na época da Rádio Globo, o Jotinha, como era chamado por Osmar Santos, estava começando a vender placas publicitárias nos estádios. Essa atividade tão lucrativa quase foi interrompida na greve dos jornalistas de 1979, quando ele fez um discurso inflamado na Igreja da Consolação e, no mesmo dia, ficou sabendo que seria demitido.

A saída foi pedir ajuda ao prefeito Paulo Maluf, também de origem libanesa. Com a ajuda do patrício, o emprego na TV Globo ficou garantido e, podendo comercializar as placas sabendo com antecedência quais jogos seriam transmitidos, Hawilla começou a acumular a sua fortuna, que chegou aos R$ 2 bilhões.

Ou melhor, agora só R$ 1 bilhão e meio.

Um comentário em “Dedo-duro arrasador

    Emerson disse:
    7 de dezembro de 2017 às 04:17

    Quantos títulos do Flamengo e curintia ele comprou junto a Globo e bandeiras acho q não sobraram muitos desse 1991, futebol e dinheiro e dinheiro e corrupção.

    Curtir

Deixar mensagem para Emerson Cancelar resposta