Só a goleada interessa, querido.
O Dunga precisa estar bem mais ligado e inspirado contra o fraco Haiti porque agora só a vitória interessa. Ou melhor, só a goleada interessa.
Na estreia na Copa América ele torceu e reclamou bastante à beira do campo, ficou o tempo todo olhando o jogo, mas não enxergou nada. Cometeu tantos erros que só Deus sabe (ou melhor, só o bandeirinha sabe) como é que o Brasil não saiu derrotado.
Não que eu seja fã dos laterais brasileiros, mas no Rose Bowl o nosso técnico nem percebeu que o Daniel Alves e o Filipe Luís ficaram espremidos, um pelo Willian e o outro pelo Philippe Coutinho. Tão espremidos que os dois Felipes bateram cabeça literalmente. Foi um lance quase tão patético como o frango do Alisson.
Continuo não entendendo o descaso pelo meio de campo da Seleção. Contra o Equador, o Casemiro não comprometeu, mas o Renato Augusto foi burocrático e o Elias mostrou toda a sua limitação quando resolveu atacar e perdeu o gol por não ter pé esquerdo. Ficou evidente que o time precisa de um dos dois Lucas e/ou do Ganso.
Quem viu a vitória do moderno México sobre o envelhecido Uruguai pode atestar o bom futebol do time mexicano, que é orientado pelo colombiano Juan Carlos Osório que comandou recentemente o São Paulo e que sabe fazer o que o Dunga não sabe: substituição.
Substituir com acerto é o nosso maior problema. Só temos o Tite pronto e o Cuca em formação. Não é à toa que 6 dos 16 técnicos da Copa América são argentinos.