Quem é o pior? O Mito ou o Molusco?

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Em 2002, Lula teve quase 53 milhões de votos e, em 2006, foi reeleito por 58 milhões de brasileiros. Na época, foi chamado de “o nosso maior presidente”, mas depois os seus pecados foram sendo descobertos e ele acabou preso. Hoje, o Molusco continua por aí tentando provar a sua inocência, mas ainda é réu em sete processos.

Em 2018, mais de 57 milhões de eleitores foram às urnas contra o poste Fernando Haddad e quem se aproveitou disso foi o Bolsonaro. O Mito começou bem o seu governo, usando a imagem de coitadinho esfaqueado, mas agora adotou a postura pra lá de antipática ao zombar da pandemia e perdeu muito do seu prestígio.

Mito_Molusco

Até aqui empate: um corrupto que deveria estar na cadeia e um irresponsável que merece o impeachment.

Na competição de quem falou mais besteiras, os dois são parelhos. Vamos citar só dois exemplos recentes. No outro dia, Lula agradeceu a natureza por nos ter mandado o coronavírus e o Bolsonaro disse que quem é de direita toma cloroquina e quem é de esquerda tubaína.

Nesse quesito “besteiras” o Mito está se superando. No dia da despedida do Moro ele foi bizarro ao dizer que o filho 04 “comeu” metade do condomínio onde eles moram e que a mãe e a avó da mulher foram uma falsária e a outra traficante.

Os dois são péssimos.

São covas ou valas?

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Os pesquidores estrangeiros alertaram bastante e agora os próprios especialistas brasileiros estão admitindo que o número de pessoas infectadas no Brasil pela Covid-19 é muito maior do que os 200 mil anunciados oficialmente.

Os 14 mil mortos também estão sendo questionados. Estima-se que esse número seja muito maior por causa dos casos informados com muito atraso e os que nem são notificados.

cova

Essa subnotificação acontece porque o Brasil é um dos países que menos testa a doença, o que significa milhares de pessoas enterradas sem a causa da morte.

Se esses estudos estiverem certos, o Brasil continua firme na sua caminhada para chegar entre os primeiros países com mais mortos e infectados em todo o mundo. Já estamos em sexto lugar. Em outras palavras, o Brasil está perto de se tornar um dos epicentros da doença.

Enquanto isso, o presidente Bolsonaro continua zombando da doença e nossas cidades vão batendo recordes e mais recordes de baixo isolamento. Os brasileiros saem às ruas como se o coronavírus fosse mesmo uma gripezinha.

Nosso presidente já percebeu que poderá ser responsabilizado pelo resto da sua vida. Afinal, é vergonhoso ter tantos mortos e infectados, principalmente levando-se em conta que o número de habitantes do Brasil é seis vezes menor do que as populações da China e da Índia.

Essa cinquentena tá enchendo o saco

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Ciente de que a pandemia virou pandemônio, todos os dias eu me convenço de que o isolamento social é a única saída para que os idosos – como eu – possam fugir do coronavírus.

Um dos problemas da minha prisão domiciliar é morar numa casa sem poder olhar lives e luzes de artifìcio ao estilo Alok. Aqui, sem ter muito o que fazer, eu mato La Casa de Papel em dois dias.

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Outro problema é a falta do porteiro, aquele que nos prédios ajuda quando chega o entregador de alguma coisa. Há controvérsias, mas eu e minha mulher continuamos longe dos familiares e muito perto desses entregadores. Por isso ficamos todos os dias contando os 14 dias.

Quando o entregador aparece – e hoje eles são muitos – eu tenho de me paramentar inteiro para receber as compras e lavar tudo no tanque do quintal. No começo era divertido, mas essa rotina se transformou numa chatice sem tamanho.

Pior foi ler a declaração do prefeito de Nova Iorque de que 84% dos internados com a Covid-19 são velhos que se isolaram em casa. A pesquisa não dá mais detalhes, mas o Bill de Blasio deixou claro que o vírus acaba chegando com os entregadores, seus pacotes e suas intermináveis sacolas plásticas.

Depois dessa novidade eu fico pensando numa coisa muito séria: será que o único certo é o maluco do nosso presidente?

Só faltava essa.

O povo imita o seu presidente e zomba da pandemia

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Um amigo telefonou e me contou que em Guaianazes, na periferia leste de São Paulo, a vida segue normal com lojas abertas e muita gente nas ruas. É por isso que o Hospital Santa Marcelina, o maior da região, tem tantas macas espalhadas pelos corredores.

Esse absurdo anda acontecendo em muitas periferias brasileiras. No Rio, que nunca foi um exemplo de civilidade, um dia antes do feriado o isolamento chegou a 38%. Ou seja, quase ninguém em casa.

É boa a ideia do Governo de São Paulo de fazer a flexibilização só nas cidades que estiverem com o isolamento maior do que 50%. Por outro lado, conhecendo o lado gersiano do povo brasileiro, os espertinhos das localidades vizinhas vão invadir tudo o que estiver aberto na cidade premiada.

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Não adianta. O povo brasileiro é o reflexo dos governantes que elege. Na época do Lula, muitos roubavam. Agora, com o Bolsonaro, a população imita o seu presidente, que vive tirando um sarro da pandemia.

Bolsonaro parece estar gostando do confrontamento com o Senado e com o Supremo. Ao dizer que chegamos no limite, ele pode estar pensando num AI-5, mas isso o “pai do 04 comedor” não vai conseguir porque os militares mais graduados não estão gostando dos posicionamentos do capitão. Tomara.

Fiquem em casa, pô!

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Aquele shopping de Blumenau que ficou lotado na sua reabertura foi notificado pela Justiça catarinense a fixar a distância mínima de um metro e meio entre as pessoas.

Shopping

Os irresponsáveis até que usaram máscaras no dia 23 (foto), mas a aglomeração foi tanta que andaram culpando o shopping pelo aumento no número de infectados na cidade.

O governador de São Paulo, João Dória, bate o pé no dia 10 para o início da flexibilização de alguns comércios. Ele está certo, principalmente em deixar mais para frente a abertura dos 225 shoppings em todo o Estado, a metade dos que existem no Brasil.

Imaginem quando reabrir o maior shopping da América Latina, o Aricanduva, localizado na zona leste da capital paulista. Ele recebe uma média de 150 mil pessoas por dia em 579 lojas, três hipermercados, duas lojas de materiais de construção, 14 salas de cinema, oito agências bancárias, três praças de alimentação e 18 pontos do Mc Donald’s.

Como é impossível pensar no distanciamento social nas periferias, onde as pessoas se amontoam em seus casebres, os que têm um pouco mais de condição precisam ter paciência e ficar em casa.

Não existe solução melhor.

Todo mundo saiu perdendo

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Nem os petistas honestos (e eles são muitos) gostaram da saída do Ministro da Justiça, mesmo com mil motivos para odiar o Sérgio Moro. Eles e todos nós sabemos que o trabalho desse juiz no combate à corrupção foi importantíssimo na história recente do Brasil.

Moro

Bolsonaro diz que está sempre contra a corrupção, mas ele é enrolado demais e já deixou claro que o seu lado político sempre vai estragar tudo. Afinal, ele foi deputado federal durante 28 anos e não saberia mesmo agir de forma diferente.

Eu até acredito que o presidente-mandão não é ladrão e acho que ele está certo ao dizer que Polícia Federal (leia-se Valeixo) afrouxou na investigação do caso Adélio. As outras reclamações sobre o porteiro do condomínio e o filho comedor viraram chacotas no país inteiro. O errado agora é ele colocar capachos e fantoches nos ministérios, como fez com o Teich, o substituto do Mandetta na Saúde.

Por outro lado, também acho que o Moro traiu o presidente, que sempre lhe deu força à frente da pasta da Justiça. Se ele estava aborrecido com ingerências na Polícia Federal, por que não pegou o seu boné? Não, ele foi esticando a mágoa e depois convocou uma coletiva para atacar ferozmente o Bolsonaro.

A verdade é que todos perderam. O Moro não será mais indicado para o Supremo, o presidente não terá mais no seu governo o melhor juiz do país e nós ficaremos – de novo – à mercê dos Lulas da vida.

Esqueça pandemia, Bolsonaro, Lula e tudo o que nos causa tristezas

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Meu assunto hoje é cachorro. Não importa se tem pedigree ou se mora na rua, se é brincalhão ou quieto, arteiro ou calmo. É uma das invenções perfeitas de Deus.

Não existe bicho mais solidário do que o cachorro. Ele elege o seu dono e pronto. Eu vi no Face um vira-lata atrás de morador de rua que estava recebendo os primeiros socorros. O bichinho entrou na ambulância e foi junto para o hospital.

Outro dia, vi um cãozinho que dormiu semanas na porta do hospital esperando o companheiro receber alta depois de um acidente. Nem vou dar exemplo dos que morreram em cima de túmulos para não entristecer esta coluna.

Cachorro é tudo de bom. Pode apanhar, levar bronca, mas nunca deixa de acompanhar o seu dono. Alguns ficam agressivos quando criados presos em correntes, mas a grande maioria abana o rabo o dia inteiro.

Meu filho que mora no Brasil tem dois shitzus. A Lili é meiga e o Fred mal humorado. Meu outro filho mora na Suíça e tem um Griffon de Bruxelas. O Sammy é meio esquisito, mas muito bonzinho e – como todos – tem um coraçãozinho enorme.

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Eu tive um cane corso. O Atos era enorme, pesava 50 quilos, dormia na cama comigo e com a minha mulher. Viveu 12 anos. Quando morreu, chorei durante seis meses.

Eles são anjos de quatro patas.

7 a 1 para o vírus

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Muita gente saiu às ruas no feriado prolongado como se não estivesse acontecendo nada. Alguns por não estarem nem aí para o pandemia e muitos incentivados pela irresponsabilidade do Bolsonaro, que já virou chacota internacional.

7a1

É impossível que o presidente e tanta gente não entendam que estamos só no começo da pandemia. Se Itália, Espanha e EUA foram pegos de surpresa, isso não acontece com o Brasil, que deveria aproveitar as lições que esses países nos deram.

Na Semana Santa, o brasileiro com dinheiro lotou aeroportos, encheu as calçadas das orlas marítimas e fez churrascos com os amigos. Essa parcela da população é muito mais culpada do que aquela que não tem nem casa decente para morar. O confinamento fica difícil nesses casebres por todo o país.

Eu entendo que muitas pessoas estejam preocupadas com seus empregos, outras com o pagamento dos funcionários e que a fome beire os desempregados. Mas por isso existem os governantes, aqueles que têm obrigação de encontrar as soluções

Diante disso, o que aborrece é falta de sensibilidade – e de patriotismo – dos malditos políticos, que deveriam esquecer suas diferenças e trabalhar juntos neste momento difícil.

O PIB será negativo? Será. A Economia vai sofrer colapso? Vai. Paciência. Depois o Brasil se recupera usando suas riquezas e um número maior de pessoas vivas.

Cai cai, balão… cai cai, balão… aqui na minha mão

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Quando li a notícia de que o Trump teria mandado hastear a bandeira brasileira ao lado da bandeira americana em diversos pavilhões americanos eu logo pensei em fake news disparado por algum bolsonarista.

Brazil

Agora vejo que a notícia tem fundamento depois da declaração do Peter Navarro, conselheiro do Trump, de que os EUA estão aprendendo com a pandemia e que o seu país não pode mais depender da cadeia de distribuição global.

Na coletiva, Navarro deixou claro que o seu governo pretende se libertar o mais rápido possível da China em relação aos itens de primeira necessidade e que, por isso, Trump resolveu estreitar relações com os países da América, no caso o Brasil.

O assessor do Trump comentou que ninguém imaginava existir tal dependência e citou os aviões cargueiros americanos que estão voando até a China para buscar medicamentos, máscaras e outros equipamentos de saúde.

Nos anos 60, durante a corrida espacial, muito se inventou, principalmente na área da medicina, e esta pandemia certamente provocará descobertas e mudanças importantes no mundo, uma delas, a disposição dos americanos em se aproximarem dos seus aliados.

O Brasil se dará bem porque só os EUA têm cacife para investir pesado em outros países.

O bem que a pandemia nos faz. Pirei.

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Nós passamos por momentos difíceis nos últimos anos. Primeiro, foi o impeachment da despreparada Dilma Rousseff seguido do mandato tampão do vaselina Michel Temer, depois descobrimos mais falcatruas do já presidiário Lula e agora temos de conviver com a insanidade do presidente atual.

É muita desgraça junta.

No meio disso ainda tivemos as decisões estapafúrdias do Supremo tentando acabar com Lava Jato e outras decepções com o Congresso, que continua legislando em causa própria e a favor dos poderosos.

Tomara que o infectado Alcolumbre tenha refletido nisso durante o seu isolamento

Por outro lado, o tão criticado Supremo começou a ser elogiado a partir do momento em que Gilmar Mendes e seus companheiros prometeram derrubar os decretos do Bolsonaro sempre que o presidente quiser terminar com o confinamento.

Pandemia

Outros fatos inesperados surgem com essa pandemia: os cisnes voltam a se exibir nas águas limpas de Veneza (foto), os rios se enchem de peixes, os mares estão mais limpos, os animais vivem em paz em florestas menos devastadas e hoje a poluição é menor em todo o mundo.

Viva a pandemia! Pirei de novo.