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Tadinho do Massa. Vai ganhar pouquinho.
A revista Forbes divulgou os rendimentos do CR7, o esportista mais bem pago em 2016. Incluindo bônus contratuais e publicidade, o português ganhou R$ 274 milhões, ou seja, R$ 22 milhões por mês.
Cristiano Ronaldo deixou para trás o rival Lionel Messi, o ex-boxeador Floyd Mayweather, as estrelas Lebron James, Kevin Durant e Kobe Briant da NBA, os tenistas Federer e Djokovic, o astro Cam Newton da NFL e os golfistas Phil Mickelson e Jordan Spieth.
O mais assustador é que Cristiano, Messi e esses esportistas deixaram para trás 26 jogadores importantes do beisebol americano que, só em 2016, ganharam mais de 3 bilhões de dólares.
Tudo indica que este ano o argentino Messi passará a ocupar o primeiro lugar no ranking da Forbes. Isso porque ele vai renovar o seu contrato com o Barcelona, enquanto o CR7 dificilmente repetirá em 2017 os R$ 100 milhões em publicidades.
Diante desses rendimentos astronômicos do futebol, a Fórmula-1 acabou ficando num plano secundário. Mesmo admitindo que os salários dos pilotos são isentos de impostos, em 2017 Lewis Hamilton e Fernando Alonso receberão R$ 65 milhões cada um.
O nosso Massa? Vai receber R$ 21 milhões o ano inteiro, menos do que o Messi e o CR7 ganham em apenas um mês.
Maria vai com as outras.
Você já conviveu com alguém que passa o dia inteiro puxando o saco dos outros para ficar de bem com todo mundo? Eu tive meia dúzia de amigos que agiam dessa forma e sempre senti muita raiva deles.
O novo presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, decidiu seguir por esse caminho e, sonhando com os milhões da Crefisa, acabou fazendo parte de um plano da oposição para acabar com o ex-presidente Paulo Nobre.
Nos últimos dois anos o vice Galiotte foi fiel ao presidente Nobre, ao cardeal Mustafá Contursi, defensor da patrocinadora, e também ao opositor Arnaldo Tirone, ligado ao marido e sócio da Leila Pereira. Em outras palavras: foi fiel a todo mundo.
A torcida palmeirense anda feliz com o time, mas essa submissão do presidente, permitindo que a patrocinadora anuncie os reforços, pode custar caro ao clube. É bem diferente da época em que a Parmalat colocava o dinheiro e o diretor é quem dava as entrevistas.
Outro exemplo: Paulo Nobre brigou com as organizadas e a Leila Pereira, em troca do apoio nas eleições deste sábado, liberou mais de R$ 1 milhão para o desfile da Mancha Verde no carnaval paulista. O Galiotte? Bateu palmas. Esqueceu que os espaços vazios na arena palmeirense foram causados por brigas desses mesmos torcedores.
Enfim, o presidente pode se dar bem enquanto estiver recebendo tanto dinheiro da patrocinadora, mas a história não reserva lugar aos que conquistaram o seu espaço bajulando os poderosos.
Sir Gabriel Jesus
Não prestando atenção nos comentários do Juan Pablo Sorin, que (por ser argentino) disse a estupidez de que o Maradona foi melhor do que o Pelé, eu assisti Manchester City e Swansea pela ESPN.
Vi um futebol bem jogado e, no final, fiquei com a certeza de que o menino Jesus é – sem dúvida – um abençoado.
O brasileiro marcou logo no início e, nos acréscimos, quando o jogo estava 1 a 1, fez o segundo gol do Manchester numa jogada espetacular e de muito oportunismo. A torcida inglesa fez uma festa danada no Etihad Stadium.
Foi o terceiro gol do humilde Jesus em quatro jogos no campeonato inglês, lembrando que ele colocou no banco o argentino Agüero, o terceiro artilheiro da história do clube.
Chega a ser inacreditável que esse garoto de 19 anos já possa ser campeão olímpico, centroavante da seleção do Tite, titular do time do Guardiola e novo ídolo da torcida do Manchester.
Depois do jogo, vendo na internet a repercussão da atuação do Jesus, dei muita risada com o comentário do internauta chamado Myqueias:
“Pedimos tanto pra Deus um camisa 9 pra seleção que ele mandou o próprio filho”.
Francisco Cuoco está caricato em Sol Nascente.
Tive a paciência de pesquisar e descobri que a Globo coloca no ar, diariamente, mais de 100 atores em suas quatro novelas. Nenhum deles, nem mesmo a garotada de Malhação, interpreta tão mal seus personagens como o Francisco Cuoco, o Gaetano de Sol Nascente.
Cuoco faz o papel do avô que veio da Itália e, por isso, tenta falar com sotaque italiano. Está um desastre. Não pesquisou, não fez o que os artistas chamam de laboratório. Apostou no seu taco e se machucou. A situação fica pior ainda quando ele contracena com a Aracy Balabanian, que está um espetáculo como a avó Geppina.
É impossível que nenhum diretor (e eles são muitos) perceba que o Cuoco está mal. Quando o Gaetano fica nervoso esquece que é italiano e começa a gritar em português. Por ser o mais veterano, talvez os diretores tenham receio de regravar as suas cenas.
Que os chefões Leonardo Nogueira e Marcelo Travesso cobrem mais atenção e empenho dos seus diretores João Boltshauer, Bruno Martins e Felipe Louzada, para que eles não comprometam a obra de Walter Negrão, Suzana Pires e Júlio Fish, novela escrita com a ajuda de Jackie Vellego, Fausto Galvão e Sérgio Marques. É muita gente.
Rogério Ceni começa a escrever a sua segunda história.
O Mito, como ele é chamado pela torcida, comandou o São Paulo em três jogos-treinos e em duas partidas nos EUA, num torneio café com leite conquistado com duas vitórias nos pênaltis. Em outras palavras, a estreia como técnico será mesmo no campeonato paulista, neste domingo, contra o Audax.
Se a gente fizer uma comparação com o goleiro Leão, que também resolveu ser técnico, o sãopaulino está iniciando a nova carreira com muito mais experiência. Ceni jogou 1.238 partidas, contra 842.
Como jogador, o Mito ganhou títulos mais importantes: três Brasileiros, duas Libertadores e dois Mundiais, contra os quatro Brasileiros do Leão. Na Seleção, Leão leva vantagem. Jogou 105 vezes. Esteve em 4 Copas. Ceni vestiu a camisa do Brasil apenas 17 vezes, convocado por Zagallo, Luxemburgo, Leão e Parreira.
Leão foi técnico durante 25 anos, comandando 27 equipes. Foi técnico do Ceni duas vezes no São Paulo. Levou o Sport ao título brasileiro de 87 e ganhou o Brasileiro de 2002 com o Santos. Chegou à Seleção, mas nunca foi considerado um técnico de primeira linha.
Os dois sempre foram arrogantes, mas o Mito não é briguento como o Leão, que arrumou mil confusões quando foi técnico. Agora que a pressão será maior, tomara que o Rogério Ceni tenha aprendido a controlar os seus nervos com os grandes profissionais com quem ele trabalhou, entre eles, os serenos Telê, Autuori e Parreira.
Está chutando cachorro morto ou é encenação?
Foi estranha a entrevista concedida à Folha de S. Paulo pelo presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos. Ao dizer “Já é hora de a FIFA definir se o Del Nero é culpado ou não” a declaração soou de forma esquisita em função da ligação entre os dois.
Ou eles brigaram (hipótese pouco provável porque um conhece os segredos do outro) ou então o presidente da FPF lançou oficialmente o seu nome para a presidência da CBF com o aval do Del Nero, que pode ter recebido um aviso de que a FIFA vai afastá-lo.
Nessa segunda hipótese, o presidente da CBF estaria tentando colocar no seu lugar um dirigente paulista, um aliado esperto o suficiente para barrar futuras complicações.
O grau de confiança entre os dois é tanto que o presidente da FPF é quem viaja para as reuniões da Conmebol representando o Del Nero que não pega avião para o Exterior.
Reinaldo está na FPF há 20 anos. Nos anos 90 ele foi o braço direito do corrupto presidente José Eduardo Farah. Em 1996, passou a ser o vice do Del Nero que, em 2015, entrou no lugar do José Maria Marin na presidência da CBF. Há dois anos, portanto, que o Reinaldo Carneiro Bastos é presidente da FPF.
Enfim, como tudo é sempre complicado quando o assunto envolve FPF, CBF e FIFA, fica difícil saber se é traição, se o Reinaldo está querendo dar o troco por alguma desavença do passado ou se tudo não passa de uma grande encenação, o que eu acho o mais provável.
Ô semaninha sem vergonha.
Eike com medo da cela comum, o fracasso do Jogo da Amizade, Dória apagando grafites e a febre amarela. Começamos por onde?
Vamos ao assunto mais sério, a febre amarela. É absurdo constatar a falta de responsabilidade dos nossos governantes na área da Saúde. Eles não se preocuparam até agora com a epidemia tão anunciada e estão morrendo de medo que a população corra atrás das vacinas.
E o ex-bilionário Eike Batista está com medo de dividir cela com presos comuns por não ter cursado uma faculdade. Como nunca passou pela sua cabeça a possibilidade de ser preso, ele nunca pensou em fazer o que mais entende: comprar um diploma.
Foi vergonhoso ver 18 mil pessoas no Engenhão no jogo programado para ajudar as famílias dos 19 jogadores da Chapecoense mortos na tragédia. O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, não poderia ter marcado a apresentação dessa Seleção desfigurada para o falido Rio de Janeiro. Nem ele foi assistir Brasil e Colômbia.
No primeiro mês como prefeito de São Paulo, João Dória fez coisas boas, mas errou feio em duas promessas de campanha. É evidente que a pressa sempre será inimiga da perfeição, por isso os 90 por hora vão aumentar os acidentes na Marginal. No caso dos murais apagados, o prefeito confundiu grafite com pichação.
Aqui vai uma brincadeirinha: o Guernica, do Picasso, não seria apagado se estivesse na 23 de Maio. Por que? Porque ele já é cinza.
Drogba está meio velho? E dai?
Sou palmeirense, mas torço para que o Drogba aceite a proposta do presidente corintiano. O marfinense ficou de dar a resposta até o final desta semana e, se vier, pode incendiar o campeonato paulista.
Fico imaginando um duelo entre Felipe Melo e Drogba, companheiros no timaço do Galatasaray. O Kazim, que chegou há pouco tempo no Corinthians, também jogou com os dois no time turco.
Os 38 anos não preocupam a comissão técnica corintiana porque no ano passado, no Montreal Impact, Drogba mostrou que está em forma. Outra coisa: o Palmeiras também tem seus veteranos, entre eles, Zé Roberto com 42 anos e Felipe Melo com 34.
Essa contratação lembra a do Ronaldo. Claro que tecnicamente o marfinense não pode ser comparado ao Fenômeno, um dos maiores atacantes do futebol mundial, mas o Drogba marcou mais de 300 gols e ganhou títulos importantes em seus 17 anos de carreira, entre eles, a Champions League, pelo Chelsea, em 2012.
Eu sei que essa contratação nem passou pela cabeça da comissão técnica do Palmeiras, mas eu gostaria de ter o Drogba como centroavante. Como diz um amigo meu, com uma perna só ele joga mais do que a maioria dos nossos atacantes.
E a TV Globo pisou na bola na Arena Condá.
No último sábado, Galvão Bueno até que estava conseguindo costurar bem a narração do jogo entre Chapecoense e Palmeiras com as imagens fortes dos parentes da tragédia de Medellin.
O problema aconteceu no intervalo da transmissão. Quando o Galvão anunciou a entrevista com os sobreviventes Jackson Follmann e Alan Ruschel, alguém da retaguarda lembrou que a Globo sempre coloca um momento patrocinado e, sem a menor cerimônia, soltou a vinheta “Destaque Skol”.
Eu nunca vi tanto desrespeito e tanta falta de sensibilidade.
O Pitbull mostrou os dentes.
O destaque da semana foi a entrevista coletiva do Felipe Melo, uma das principais contratações do Palmeiras. Foram 40 minutos recheados de declarações de quem chegou fazendo marketing e criando polêmica.
Tomara que ele esteja jogando metade do que fala e do que jogava na Copa de 2010, quando perdeu a cabeça e foi expulso ao pisar na perna do holandês Robben. Pouca gente lembra que o seu futebol foi impecável naquele jogo em que a Seleção dominou a Holanda no primeiro tempo.
Hoje, o Felipe parece estar querendo mostrar que é bonzinho, mas não dá para esquecer seus comportamentos complicados antes da Copa da África do Sul. O técnico Dunga, que se dizia disciplinador, fechou os olhos para as festinhas na Espanha e as brigas na Itália.
O volante disse também que, se for preciso, dará tapa na cara de uruguaio, criando expectativa para a Libertadores. Esse seu comportamento também já aconteceu na Fiorentina. Em 2009, ele e o zagueiro uruguaio Diego Lopes, do Cagliari, trocaram socos que renderam cinco jogos de suspensão para cada um.
Na coletiva desta semana muita gente se surpreendeu quando o jogador criticou a imprensa, como se isso fosse uma novidade. Antes da Copa de 2010, na ESPN, ele brigou feio com o jornalista PVC por não admitir críticas ao seu desempenho na Juventus. Na época, Dunga preferiu não pensar no temperamento forte do Pitbull.
Tomara que o Felipe, hoje mais velho, esteja mais calmo e troque experiências saudáveis com os outros veteranos do Palmeiras. Futebol ele tem de sobra, mostrou isso nos seus quatro anos de Galatasaray. O que a gente não sabe é se o estopim continua curto.
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