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Vocês sabem quem o Paulinho abraçou depois do gol?

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Depois de marcar o primeiro gol na goleada do Brasil sobre o Uruguai, o volante Paulinho correu para o banco de reservas apontando para alguém. No meio de toda a confusão, pouca gente percebeu que o abraço foi dado no Thiago Silva.

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O zagueiro chegou ao Brasil ainda abalado com a derrota humilhante do seu PSG para o Barcelona e a desclassificação na Champions League. Também foi difícil para ele se apresentar à seleção brasileira que o rotulou de covarde depois do episódio dos pênaltis contra os chilenos.

Nos últimos dias, Paulinho entendeu perfeitamente o drama do companheiro, por isso dedicou o seu gol ao jogador eleito o melhor quarto-zagueiro da Europa, mas que acabou se transformando num reserva de luxo depois das últimas boas atuações do Miranda.

Esse gol oferecido ao Thiago foi a maior demonstração de que o ambiente na Seleção é muito bom e que os jogadores estão unidos. Mérito do técnico Tite, que uniu o grupo como não se via desde os tempos em que o Felipão nos levou ao título mundial de 2002.

Parabéns ao Paulinho pelo belo futebol apresentado no Estádio Centenário e por saber compreender o momento difícil do colega de profissão. Sua atitude foi muito bonita.

Ó pátria amada. Idolatrada. Salve! Salve!

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Ao invés de se preocupar com os desmandos dos nossos políticos, a senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, teve a brilhante ideia de propor a execução na íntegra do hino nacional antes dos eventos esportivos.

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A lei foi aprovada em dezembro e, ao contrário do que a nobre senadora esperava, o nosso hino vem sendo motivo de desrespeito e chacota.

Os senadores achavam que o hino completo despertaria o sentimento de nacionalismo. Admitindo que os torcedores brasileiros não são lá muito educados, dá pra ver que o patriotismo está longe de ser visto nos estádios.

No jogo entre e Palmeiras e Jorge Wilstermann, da Bolívia, enquanto a torcida palmeirense gritava o seu desrespeitoso “Meu Palmeiras…”, no final da primeira parte do hino os jogadores trocaram cumprimentos e deixaram árbitro e assistentes argentinos ouvindo a segunda parte.

No último domingo, na partida Ferroviária e Corinthians, em Araraquara, os organizadores diminuíram a duração do hino para 2 minutos e 40 segundos, quase um minuto a menos do que em Palmeiras e Santos. Mesmo assim, foi tempo demais.

A primeira parte, como vinha acontecendo, banalizava o nosso hino, mas já era o suficiente, como nos eventos da FIFA e do COI. Na íntegra, desaquece os atletas e provoca bocejos nas crianças.

Lendo a respeito eu me deparei com uma ideia estapafúrdia de um dirigente paulista. Em 2007, ele propôs que o hino nacional fosse executado nos intervalos dos jogos. Sabem de quem foi essa pérola? Marco Polo Del Nero, o presidente da CBF.

Meu pai quase enfartou num Palmeiras e Santos.

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Clássico entre Santos e Palmeiras sempre deu bom jogo, como o deste domingo na Vila. Mas boa mesmo foi a partida entre os dois times em 1958, pelo Torneio Rio-São Paulo, três meses antes da Copa da Suécia.

Sem transmissão pela tevê, 43 mil pessoas estiveram no Pacaembu e milhares de torcedores acompanharam pelo rádio os inacreditáveis 7 a 6 para os santistas.

Eu tinha 11 anos e lembro vagamente desse jogo. Conferi no Google que o Santos jogou com um ataque formado por Dorval, Jair da Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe. Li que o Pelé ainda não tinha o título de Rei e que o Palmeiras contava com jogadores famosos, como Carabina, Fiume e Mazola. Lula era o técnico do Santos e Brandão do Palmeiras.

O que eu lembro bem é de ver o meu pai Arnaldo esmurrando o rádio na sala de casa. Palmeirense bem palestrino, ele ficou muito nervoso quando o Santos desandou a marcar gols. Depois, no intervalo, parecia estar meio anestesiado com os 5 a 2 para os santistas.

O Palmeiras voltou jogando bem, virou o jogo para 6 a 5 e o meu pai quase teve um infarto. No finzinho, por pouco ele não enfartou de novo quando o ponta-esquerda Pepe marcou dois gols em cinco minutos. Preocupada, minha mãe desligou o rádio e foi buscar um copo de água com açúcar.

Segundo os jornais da época, naquela noite cinco torcedores morreram de emoção, um no Pacaembu e outros quatro pela cidade.

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Aqui o poste faz xixi no cachorro.

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A amiga Malu Gouveia reclamou – com toda a razão – por eu não ter feito nenhum comentário sobre o caso Bruno.

Querida Malu: eu comecei a escrever duas ou três vezes sobre o assunto, mas acabei desistindo por achar que alguma coisa estava errada nessa história. Errei ao não acreditar no absurdo.

Depois, como se tivesse perdido o bonde, achei desnecessário ficar repetindo o que todo mundo vinha comentando, ou seja, que o processo ficou parado na mão de um maledetto juiz mineiro e que a decisão do ministro do Supremo foi inacreditável, além do oportunismo inaceitável e o marketing negativo do Boa Esporte.

Screen Shot 2017-03-17 at 12.03.56Desde o início eu fiquei abismado e não entendi como um assassino poderia estar em liberdade e, ainda por cima, ser premiado com um emprego neste nosso país de 14 milhões de desempregados.

Lendo mais sobre o assunto, descobri que procedimentos como esse são normais, mas não se aplicam ao goleiro do Flamengo por ele já ter sido foi condenado por um júri popular. Erro do ministro Marco Aurélio Mello.

A última informação veio do desembargador do caso, Doorgal Andrada, da 4ª Câmara Criminal do TJ-MG. A notícia boa: o jurista disse que o Bruno voltará para a cadeia. A notícia ruim: o processo poderá levar meses até ser julgado, ou seja, o goleiro deverá mesmo defender o Boa Esporte que tem os seus dias contados.

Malu, como diz a minha mulher Luisa, no Brasil o poste faz xixi no cachorro. Esse caso do Bruno acaba não sendo surpresa num país onde soltaram a Suzane Von Richthofen no Dia das Mães.

 

Tite resolveu brincar com fogo.

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Tudo indica que no ano que vem o técnico Tite continuará no comando da seleção brasileira. Seus resultados até aqui são excelentes e a classificação para a Copa da Rússia é certa.

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O que não dá para entender é essa obsessão do treinador em enfrentar a Alemanha, jogo que acabou sendo confirmado para março de 2018, em Berlim, três meses antes da Copa do Mundo.

Tite insistiu com o presidente da CBF para que essa partida fosse realizada e também pediu para enfrentar outras potências do futebol mundial com o objetivo de medir a força da nossa Seleção.

Dá para jogar com Portugal, Holanda e Inglaterra, mas é evidente que podemos tropeçar feio contra Espanha, França e, principalmente Alemanha, numa derrota que – dependendo do resultado – já seria motivo para o cargo do Tite ficar ameaçado às vésperas da Copa.

Pra que? Não seria melhor treinar contra seleções mais fracas, esperar que as potências se matem no começo da Copa e depois pegar uma ou outra seleção mais forte na fase final?

Tite precisa entender que jogar contra equipes sul-americanas é uma coisa e enfrentar seleções europeias é bem diferente. Nós não temos mais tanto futebol como antes. Neymar é o único craque diferenciado e, quando ele não joga, a seleção brasileira se torna um time normal.

Enfim, o jogo já foi marcado e lá vamos nós até Berlim tentar a proeza de vencer os alemães por 1 a 0. Vingar os 7 a 1? Isso é impossível, mesmo depois do exemplo que o Barça nos deu.

A corrida para ser o melhor do mundo.

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Screen Shot 2017-03-13 at 10.32.19.pngSer o melhor do mundo não é tarefa fácil porque o craque precisa matar muitos leões numa temporada. A cobrança é sempre grande e o candidato ao prêmio nunca pode passar em branco. Que o digam Romário, Rivaldo, Zidane, os Ronaldos, Messi e Cristiano Ronaldo.

Nos 6 a 1 em cima do PSG, Neymar matou uns três ou quatro leões. E foram leões grandes.

No momento em que o Camp Nou estava calado com o gol do Cavani, o brasileiro assumiu a responsabilidade e, com frieza e personalidade, foi decisivo na cobrança da falta, no pênalti bem batido e no lançamento genial para o sexto gol do Sergi Roberto. Foram sete minutos mágicos.

Claro que o Messi é um jogador extraordinário e pode ser o melhor do mundo pela sexta vez. Mas a torcida do Barcelona já percebeu que agora o argentino é mais cirúrgico do que malabarista. Hoje, com seu talento e suas jogadas de efeito, Neymar virou o centro das atenções.

O brasileiro passou a ser tão importante para o time que neste domingo ele não jogou e o Barça perdeu para o La Coruña por 2 a 1.

Resumindo: diziam que o namorado da Marquezine seria o melhor do mundo daqui uns dois anos, mas no milagre dos 6 a 1 ele mostrou que está muito perto de desbancar o resmungão Cristiano Ronaldo de algumas firulas, muita correria e futebol apenas burocrático.

Thiago Silva não é mais chorão. Agora ele é covarde.

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Para alguns, Thiago Silva é bom jogador e merece ter sido considerado o melhor quarto-zagueiro da Europa, título que não pode ser desprezado.

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Para outros, o jogador do PSG tem desequilíbrios emocionais, o que teria acontecido na Copa antes dos pênaltis contra o Chile e nos 6 a 1 de agora no Camp Nou.

Nesse jogo com o Barcelona ele teve atuação discreta, não falhou no gol-relâmpago do Suárez e nem cometeu nenhum dos pênaltis. O problema é que o Thiago nunca se impõe como capitão, por isso a imprensa francesa está acusando o jogador de covarde.

Os torcedores do PSG também acham que ele foi o principal responsável pela eliminação e começam a contestar até o seu salário, o maior do futebol francês, por volta de R$ 3,6 milhões por mês. Pesa ainda sobre o zagueiro o fato dele não ter participado dos 4 a 0 em que o PSG esteve impecável.

Resumindo, a situação do jogador é complicada neste momento em que ele vai se apresentar no Brasil para o jogo contra o Uruguai, pelas Eliminatórias. Thiago não é titular, dificilmente jogará neste momento difícil, mas é impossível o Tite poupá-lo com um desligamento porque o choro de 2014 seria logo lembrado.

Se o Thiago tinha a seu favor o fato de não ter jogado nos 7 a 1 contra a Alemanha, agora esses 6 a 1 ficarão marcados na sua carreira – e na sua cabeça.

Dona Leila precisa conversar com o Vitor Hugo.

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Não sei se o discurso de machão do Felipe Melo foi responsável pela violência do Vitor Hugo em Tucumán ou se o desequilíbrio veio em função da ameaça de suspensão por 12 jogos pela cabeçada no corintiano Pablo.

O que eu sei é que, de repente, o zagueiro palmeirense passou a jogar de uma maneira estranha.

Um detalhe: Vitor Hugo nunca tinha sido expulso em 123 jogos pelo Palmeiras.

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No meu tempo de repórter esportivo eu lembro bem de quando o técnico Osvaldo Brandão se fechava no vestiário com o jogador expulso no jogo anterior. A conversa era amiga, de pai para filho, mas sempre definitiva.

Duvido que o técnico Eduardo Baptista tenha conversado com o Vitor Hugo sobre a cotovelada.

Depois do jogo, os jogadores do Palmeiras continuaram errando com a conversinha mole de que o zagueiro ganhou experiência. E, para variar, a atitude do Felipe Melo veio na hora errada quando ele ofereceu o empate ao companheiro expulso.

O certo seria um dirigente – ou até o presidente submisso – repudiar publicamente a violência do jogador e até falar em multa. Afinal, a madame anda colocando muito dinheiro para que o empate tão festejado pelos jogadores não prejudique o Palmeiras nesta fase da Libertadores.

O sonho da Libertadores.

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Mesmo com o aumento brutal no número de participantes, a Libertadores ganhou importância por preservar a sua história, como sempre aconteceu com a Champions League e bem diferente do que a FIFA fez ao desvalorizar os seus mundiais interclubes.

Hoje, a Libertadores é o sonho de qualquer time sul-americano.

A história do torneio começou em 1960, quando o Peñarol foi campeão ao vencer o Olímpia do Paraguai. No ano seguinte, o time uruguaio ganhou do Palmeiras e conquistou o bicampeonato.

O Santos de Pelé foi campeão em 62 e em 63, vencendo o Benfica e o Milan. Daí para frente os argentinos dominaram o futebol sul-americano até o Cruzeiro conquistar o título em 1976.

Uma curiosidade: em 1981, o Flamengo foi campeão ao vencer o Cobreloa com dois gols de Zico e – acreditem – nesse jogo o técnico Paulo César Carpegiani colocou em campo o jogador Anselmo só para ele dar um soco no chileno Mario Soto.

O Independiente é o bicho-papão na Libertadores com 7 títulos, seguido do Boca Juniors com 6, Peñarol com 5 e Estudiantes com 4. Santos e São Paulo foram campeões três vezes cada um. Grêmio, Cruzeiro e Internacional ganharam duas vezes.  Palmeiras, Flamengo, Vasco, Corinthians e Atlético Mineiro venceram uma vez.

Na foto, o atacante Borja, hoje no Palmeiras, comemora o título do Atlético Nacional de Medellin conquistado no ano passado depois da vitória sobre o Independiente del Valle, do Equador. O time colombiano ganhou duas vezes a Libertadores.

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É de se tirar o chapéu.

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Hoje não se usa mais chapéu, mas a expressão ainda existe no mundo inteiro. No dicionário popular “é de se tirar o chapéu” significa fato extraordinário, que merece homenagem, admiração e respeito.

É o que todos nós estamos fazendo ao tirar o chapéu para o palmeirense Zé Roberto, que no mês de julho vai completar 43 anos.

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Dono de um físico invejável e que certamente é tratado com muito carinho, na sua última partida em Campinas, contra o RB Brasil, o vovô armou jogadas, desarmou adversários, fez lançamentos preciosos e foi escolhido o melhor em campo.

Zé Roberto tem mais de 100 jogos pelo Palmeiras, considerado pelo jogador como o melhor time da sua carreira.  Lembrando que ele está perto de completar a sua milésima partida depois de passar por Portuguesa, Real Madrid, Flamengo, Bayer Leverkusen, Bayern de Munique, Santos, Hamburgo, Al-Gharafa e Grêmio.

No Palmeiras, o nosso homenageado conquistou a Copa do Brasil e o último Brasileiro, mas pouca gente lembra do seu vice-campeonato brasileiro em 96 com a Lusa, de quando ele assumiu a camisa do Luis Enrique no Real Madrid, dos 390 jogos no futebol alemão e que, na Seleção, ele conquistou Copa América e Copa das Confederações.

Nesta quarta-feira o veterano de cabelo espetado começa a disputar a Libertadores. Zé Roberto sonha com esse título e, talvez por isso, esteja jogando como um garoto de vinte e poucos anos.

É de se tirar o chapéu.