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A Leila quer comprar o que já é do Palmeiras?
Na reunião do Conselho Deliberativo, a dona da Crefisa teve 248 votos a favor e 25 contra. Isto significa que menos de 10% dos conselheiros palmeirenses se posicionaram contra a eleição da Leila Pereira.

Esses poucos opositores criticam o poder que está sendo dado para a mais nova conselheira, que anda participando de todas as decisões do departamento de futebol.
Um conselheiro me confidenciou que vai pedir na próxima reunião do Conselho uma explicação detalhada sobre os últimos milhões colocados pela Crefisa. Ele quer saber se esse dinheiro é presente, empréstimo ou adiantamento do patrocínio.
O temor é que tudo seja descontado ainda este ano, o que significaria a receita comprometida por causa do exagero no número de contratações.
Vale lembrar que o ex-presidente Paulo Nobre concedeu empréstimos a serem pagos em até 15 anos, com juros bancários, e sempre deixou claro que o prejuízo seria seu se algum jogador fosse vendido por um valor menor do que o da contratação.
A fofoca no Palmeiras é que o José Roberto Lamacchia, marido da Leila Pereira, tem um bilhão de reais no banco, por isso ela teria pensado em pagar a WTorre, para que o clube fique definitivamente dono da arena.
Neste caso – diz a oposição – o Palmeiras ficaria anos e mais anos nas mãos da dona da Crefisa, que compraria o que já é do Palmeiras.
Você já escolheu a música da sua vida?
Meus avós certamente escolheriam Over The Rainbow, sucesso de Judy Garland em 1939. Meus pais gostavam de Night and Day, a canção de Cole Porter cantada por Frank Sinatra nos anos 50.
Eu sou da época dos Beatles e das suas obras-primas Imagine e Hey Jude. Cansei de dançar rock ao som de Johnny B. Goode, com Chuck Berry, e Tutti Frutti, com Little Richard. Dancei muitas vezes coladinho ouvindo Love Me Tender, do Elvis.
Mesmo admitindo o sucesso dos Rolling Stones, eu nunca me emocionei com Satisfaction e sempre preferi as composições do Paul Anka, como Diana, Let Me Try Again e a versão My Way, também sucesso na voz de Frank Sinatra.
Houve um período nos anos 70 que eu estava tão mergulhado no trabalho que não tive tempo para curtir as melhores canções. Mesmo assim, lembro bem de Bohemian Rhapsody com a banda Queen e de Billie Jean, com o Michael Jackson.
Meu filho Jean, o mais velho, curtiu bastante With or Without You com U2 e Smells Like Teen Spirit com Nirvana, já o filho mais novo, Julian, anda encantado com a cantora britânica Adele e o seu estrondoso sucesso Hello.
As revistas e sites especializados fizeram listas com as músicas mais famosas de todos os tempos e registraram também canções de Elton John, Guns N’ Roses, ABBA, Ray Charles, Madonna e Bob Dylan.
A minha música preferida? Smile, composta em 1936 por Charlie Chaplin e imortalizada em 1954 por Nat King Cole.

Esse ranking da FIFA é meio furado.
Depois de sete anos o Brasil voltou a assumir o primeiro lugar no ranking da FIFA e, às vésperas da Copa, os mais otimistas começam a sonhar com o título na Rússia. Isso não é bom.

Dá para justificar a liderança brasileira depois de tantas vitórias seguidas do técnico Tite nas Eliminatórias, mas eu acho esse ranking meio esquisito quando a gente vê a Argentina em segundo lugar.
Os argentinos estão mal há muito tempo. Em março, o mês usado para fazer a última classificação, a Argentina ganhou do Chile, mas foi um desastre em La Paz. Não dá para entender a Alemanha em terceiro e a França em sexto.
As últimas edições do ranking ficaram comprometidas porque as grandes seleções européias andaram escalando novos jogadores nas Eliminatórias. Os testes foram feitos contra Lichtenstein, Macedônia, Belarus, Andorra, San Marino, Moldávia, Malta, Estônia, Gibraltar, Kosovo e outros países fraquíssimos.
Isso permitiu que essas seleções fizessem experiências, como o Tite anunciou depois de carimbar o passaporte para a Rússia. Nesses casos, os resultados nem sempre foram bons, principalmente em março, mês de muitos amistosos.
Resumindo, é bom não se animar tanto. Eu vi no mês passado a França perder em casa para o fortíssimo time da Espanha, que está só em décimo lugar no esquisito ranking da FIFA.
Pobres campeonatos regionais.
Alguém pode imaginar 23 torcedores no estádio e renda de apenas R$ 230,00? Isso aconteceu no campeonato pernambucano, em março, quando o Vitória das Tabocas venceu o Atlético-PE em Vitória de Santo Antão.
Somando as duas delegações, juiz, bandeirinhas, representante e gandulas, nós tivemos mais gente dentro do que fora de campo.

O leitor pode pensar: mas esse jogo foi disputado na Zona da Mata. Eu respondo: uma semana depois, em Campinas, o RB Brasil venceu o São Bernardo com público de 297 pessoas e renda de R$ 2.200,00.
Tanto no Carneirão quanto no Moisés Lucarelli, envolvendo times das primeiras divisões de Pernambuco e São Paulo, não deu para pagar árbitros e nem funcionários dos estádios.
Se os dirigentes não descobrirem novas fórmulas, chegará o dia em que centenas de times pequenos vão fechar. Não adianta pensar nas prefeituras falidas e nem nos patrocínios que estão minguando.
A pobreza é generalizada: no Rio, em março, no Moça Bonita, o jogo Portuguesa e Macaé rendeu R$ 2.060,00, com 158 pagantes; no campeonato mineiro, em janeiro, Tricordiano e Uberlândia jogaram para 103 pessoas, com renda de R$ 2.235,00. E assim por diante.
Se as equipes pequenas não estão suportando nem no campeonato paulista, que paga R$ 4 milhões para cada time, dá para imaginar o que está acontecendo no interior do Brasil.
E lá vem o palmeirense de novo.
Ao invés de festejarem a vitória sobre o Novorizontino ou de reclamarem do cartão amarelo por engano para o Felipe Melo e do cartão vermelho para o Roger Guedes por comemorar o terceiro gol, os palmeirenses vieram de novo com aquela história de que foram campeões mundiais em 51.
Tudo porque apareceu na internet outra notícia de que a FIFA reconheceu o Palmeiras como primeiro campeão mundial inter-clubes, reiterando o documento enviado em 2014.

Os corintianos não se cansam de dizer que o Mundial começou a ser oficial em 2000, quando eles conquistaram o título. Os palmeirenses batem na tecla de que em 51 os times eram mais fortes e que a Copa Rio teve um público total de 665 mil pagantes, contra os 366 mil no torneio em que o Corinthians foi campeão.
Os palmeirenses também ficam dizendo que na final de 51 o Palmeiras empatou com a Juventus de Turim diante de 100 mil pessoas, contra as 73 mil que estiveram, no mesmo Maracanã, no jogo em que o Corinthians ganhou do Vasco nos pênaltis.
Os corintianos acham tudo isso uma bobagem e se gabam – com toda a razão – de terem também o título mundial de 2012, quando o Corinthians venceu o Chelsea com o gol do Guerrero.
Os palmeirenses reconhecem esse título conquistado no Japão, mas não desistem de atacar a conquista do Mundial de 2000 insistindo em dizer que o Palmeiras era o campeão da Libertadores, não o Corinthians.
Essa discussão não vai acabar nunca.
O baixinho Ecclestone vai deixar saudade.
Por mais que Ross Brawn conheça a F-1 e que o novo chefão Chase Carey tenha boas ideias, pelo que a gente viu no GP da Austrália o aposentado Bernie Ecclestone vai fazer muita falta. O velhinho tinha 40 anos de vivência e sabia administrar a categoria como ninguém.

Foi difícil ficar quase duas horas na frente da televisão, no meio da madrugada, vendo uma corrida sonolenta e sem ultrapassagens. Os carros ficaram bonitos e mais velozes, mas próprio Felipe Massa disse que foi uma prova chata.
Lá em Portugal, o leitor Rodrigo Figueiredo reclamou, com toda a razão, da falta de emoção na chamada nova Fórmula-1 que hoje tem carros, asas e pneus maiores. Os pilotos gostaram das mudanças, mas não se pode conceber uma corrida sem ultrapassagens.
Fico imaginando o que vai acontecer nas ruas apertadas de Monte Carlo com os carros enormes e os pneus mais duráveis, que possibilitam um número menor de pit-stops. Piloto nenhum vai conseguir passar o outro no GP de Mônaco.
Quando o baixinho Ecclestone ficava inventando formas de complicar a vida das equipes, limitando a velocidade e oferecendo pneus sem tanta durabilidade, o excesso de pit-stops chegava a ser criticado, mas a F-1 tinha mais competitividade.
Vamos ver o que acontece na China, mas não precisa ser um entendido para saber que a nova gestão americana da F-1 logo autorizará a abertura da asa traseira para ajudar nas ultrapassagens. Isso talvez faça com que as corridas voltem a ter emoção.
Rezando por um título na Rússia.
Até agora ele não chegou a ser Pelé, Maradona, Di Stefano ou Puskas e, mesmo ganhando cinco prêmios de melhor do mundo, ainda está no mesmo nível de Cruyff, Zidane, CR7 e dos nossos dois Ronaldos.
O craque Messi tem idade e tempo para superar todo mundo, mas o problema continua sendo a sua seleção. Talvez ele não tenha recebido a benção Divina por ser mais espanhol do que argentino.

Os entendidos dizem que ele não aparece por estar cercado de jogadores comuns, ao contrário do que acontece no Barcelona. Essa não parece ser a desculpa porque a seleção portuguesa é fraca e o Cristiano Ronaldo sempre se destaca.
No ano passado, na Copa das Confederações, Messi se desesperou ao perder um pênalti e disse que nunca mais vestiria a camisa da Argentina. Voltou atrás ao perceber que só se consagraria ganhando a Copa da Rússia, imitando o Rei Pelé em 1970.
No recente jogo contra o Chile, pelas Eliminatórias, Messi fez de pênalti o gol da vitória, mas depois sumiu em campo e isso pode ter causado o seu destempero com o bandeirinha brasileiro.
O estrago será grande na carreira do jogador se a suspensão for mantida pela FIFA, principalmente se a Argentina não se classificar para a Copa.
Todo mundo sabe que a parte emocional não é o forte do Messi, por isso ele vai precisar de muito apoio dos companheiros do Barcelona para superar mais essa crise.
E o nosso futebol voltou a ser feliz.
Foi inacreditável ouvir a torcida gritando no Itaquerão o nome do técnico Tite, ainda mais se tratando do público paulista sempre tão rabugento com a Seleção.
E que os pessimistas não venham com a história de que enfrentamos um time fraco. Os paraguaios sempre nos deram muito trabalho nas Eliminatórias. Não é fácil ganhar do Paraguai por 3 a 0.
O Paulinho? De novo calou a boca de todo mundo. Defendeu, armou, chutou em gol e deu duas assistências de letra, uma no gol do Philippe Coutinho e outra no gol do lateral Marcelo.
Se o Casemiro foi novamente a segurança que a Seleção precisa na entrada da área, Neymar continuou desequilibrando. Ele apanhou bastante, mas desta vez soube lidar com a violência. Perdeu um pênalti, não se abateu e, em seguida, fez uma pintura de gol arrancando desde a intermediária.

Euforias parecidas já aconteceram com Saldanha, Telê, Felipão e até com o Dunga, mas a demonstração de que estamos no caminho certo ficou clara quando Marquinhos sentiu o problema muscular. Tite poderia ter colocado o corintiano Gil, que joga pela direita e estaria em casa, mas decidiu recuperar o bom zagueiro Thiago Silva.
Depois do jogo, já de madrugada, quando soube que o Brasil estava classificado para a Copa da Rússia com a vitória do Peru sobre o Uruguai, o técnico Tite festejou e disse uma frase legal: “A minha maior alegria é distribuir alegria”.
Rivalidade? História? Não. Hoje eles contam dinheiro.
Muita gente achava que os uruguaios iam ficar abalados com a goleada dentro do Centenário. Mas, no fim do jogo, Cavani sorriu ao abraçar o zagueiro do Brasil, Marquinhos, seu companheiro de PSG, enquanto Godin também foi todo sorridente cumprimentar o reserva brasileiro Filipe Luís, com quem ele joga no Atlético de Madrid.
O futebol mudou bastante. Hoje, os craques fazem suas amizades longe de seus países. O Neymar, por exemplo, fica muito mais tempo com Messi, Mascherano e Suarez do que com os colegas brasileiros.
As seleções se distanciaram tanto dos seus jogadores que no time uruguaio só Cristian Rodrigues joga em casa, no Peñarol, enquanto no Brasil todos os que estiveram no Centenário atuam no futebol internacional. Por ironia, o uruguaio Martin Silva é o goleiro do Vasco.
Antigamente, jogo entre seleções tinha um peso diferente. Hoje, o poder do dinheiro chegou a tal ponto que Uruguai e Brasil nos apresentaram um amontoado de profissionais que jogam na Espanha, México, Portugal, Itália, França, Inglaterra e até na China.
Em 1959 foi bem diferente. Brasil e Uruguai se enfrentaram no Sul-americano de Buenos Aires num clima ainda de revanche depois da tragédia de 50. Nervosos por estarem perdendo por 3 a 1, os uruguaios ficaram violentos e a briga foi generalizada.
Na foto, dá pra ver a voadora que o meia Didi deu num adversário, enquanto Bellini e Pelé se esquivavam dos socos e pontapés dos uruguaios. Imagem bem mais comum nos campos de várzea, numa época em que o futebol tinha menos dinheiro e mais coração.

De repente, o celular virou o vilão.
Claro que a falta de atenção também acontecia no passado, mas hoje as distrações andam cada vez mais frequentes.
A última grande vacilada aconteceu em Brasília, no jantar que o presidente Temer ofereceu aos diplomatas com o objetivo de mostrar a qualidade da carne brasileira. É impossível que nenhum assessor tenha tido tempo para perguntar se a churrascaria trabalhava com carne brasileira ou uruguaia.
Há poucos dias surgiu a propaganda promocional da JBS com o pacotinho de carne com vencimento em 2013.
Outra distração da semana aconteceu no Jornal Extra. Na previsão tempo, o jornal carioca publicou cú nublado ao invés de céu nublado.
Aposto que o pessoal da assessoria do presidente passa mais tempo no WhatsApp do que trabalhando. O diretor da Friboi que aprovou o anúncio certamente estava no Facebook. No erro do jornal, redator e revisor podiam estar fazendo selfie ou baixando um app no celular.
Quem tem a minha idade sabe que o celular é uma invenção recente e que, no nosso tempo, trabalhar sem ele era muito difícil. Hoje, eu diria – sem medo de errar -, que ninguém viveria sem o seu celular. O problema é que esse aparelhinho tão útil nos faz ficar longe do mundo. Daí os erros tão seguidos.
Lembram da última entrega do Oscar, quando o carinha da PwC se distraiu com o seu celular fazendo fotos da Viola Davis e entregou o envelope errado?