Gazzeta Verde
O palmeirense Osmar Santos
Quem nasceu nos anos 90 e hoje tem 20 e poucos anos não faz ideia de quem foi Osmar Santos. O Pai da Matéria, como era chamado, foi um dos maiores narradores esportivos nas décadas de 70, 80 e 90, até sofrer um grave acidente de carro em 1994.
Ele foi também um divisor de águas no jornalismo esportivo. Na época, o cronista era considerado um alienado e, depois do Osmar, a categoria passou a ser respeitada a partir do momento em que o Pai da Matéria se transformou na Voz das Diretas. Era ele quem comandava os comícios do movimento que levou às ruas milhões de pessoas no começo da nossa atual democracia.

No dia-a-dia, o Osmar sempre dizia que era torcedor do Marília, cidade onde começou a sua carreira. Mas pouca gente sabe que ele era um grande palmeirense. Um dia, a mãe dele, Dona Clarice, contou que na infância o filho gostava de fazer duas coisas: andar a cavalo e levar no estádio a bandeira do Palmeiras.
Eu convivi muito tempo com o Pai da Matéria. Lembro da primeira transmissão em que trabalhamos juntos na então Rádio Nacional, mais tarde Rádio Globo. Foi na famosa decisão de 1977, Corinthians e Ponte Preta. A mesma Ponte que o Palmeiras vai enfrentar neste sábado, com toda a torcida do hoje artista plástico e querido Osmar Santos.