Diniz é pura emoção

Postado em

Mais do que um bom técnico, Fernando Diniz é importante para o futebol por não ter vergonha de ser feliz. Durante o jogo, ele faz cara de louco, se desespera, briga com o juiz, com os jogadores, e depois parece uma criança na hora do gol.

Na comemoração do título da Libertadores, Diniz lembrou o vitorioso Zagallo, que um dia imitou um aviãozinho quando o Brasil ganhou da África do Sul, por 3 a 2. Ele foi à forra porque o técnico adversário tinha feito isso nos dois gols do time africano.

Nunca gostei do jeito sério do Tite, que abraça a sua comissão técnica na hora dos gols em um gesto que soa muito mais como alívio. Também achei o Telê Santana emburrado demais na Seleção. Com cara de poucos amigos, perdeu duas Copas e, depois, ganhou dois mundiais com o São Paulo quando se tornou mais brincalhão.

Diniz está mais para o paizão Felipão. Não tem a frieza de um Parreira e, muito menos, a soberba do Cláudio Coutinho, que voltou invicto da Copa da Argentina, mas sem o título.

Eu me preocupo com o Ancelotti. Sempre bem vestido, de terno, o italiano passa o jogo mascando chiclete, impassível. O Diniz, ao contrário, tem a barba por fazer, o cabelo por cortar, só usa agasalho – mas sempre está de braços abertos para comemorar a vitória ou para abraçar o seu jogador na derrota.

Com o Diniz sempre tem emoção. Eu gosto dele.

Deixe um comentário