Por que será que eu errei tanto?

Eu sempre me considerei uma pessoa bem informada, politizada. Participei bem de perto do movimento das Diretas e festejei, junto com tantos companheiros, o sagrado direito de votar.
Em 1989, empolgado com a carreira política do Lula e também para evitar que o Collor fosse eleito, votei no ex-metalúrgico. A Globo se meteu e deu o Collor.
Votei no Lula em 94 e 98 por achar que o Fernando Henrique Cardoso ia governar só para os ricos. Errei as duas vezes.
Em 2002, cansado de ver o Lula perder, votei no Serra. Deu o Lula.
Em 2006, arrisquei meu voto no bundão do Alckmin por achar que o governo do PT estava começando a roubar. Deu Lula de novo.
Depois de errar tanto, inventei de votar em branco e isso foi um desastre. O Brasil acabou sendo governado pelos incompetentes da Dilma, do Cunha e do Temer. A vaca foi de vez para o brejo.
Veio a eleição de 2018 e eu – inteligente – decidi votar no Coiso para evitar a volta do PT. Errei de novo.
Agora, graças a Deus, não preciso votar por causa da idade. É melhor. Chega de errar.
Passo o bastão para os meus filhos.