Hoje, no futebol, técnico tem o assistente do assistente
As comissões técnicas no futebol viraram cabides de emprego. Os técnicos têm assistentes pra tudo. A gente só percebe isso quando sai um quebra pau, como no jogo Palmeiras e Defensa y Justicia (foto).

Eu não consigo entender para que serve tanta estatística. Quem vai entrar numa substituição fica ouvindo o assistente ler no caderninho tudo o que ele precisa fazer. O jogador faz cara de quem está entendendo porque é obrigado a participar do “futebol ciência”.
Parece aquela história em que o Garrincha, durante a preleção antes de um jogo da Copa de 1958, teria dito ao técnico Feola: “Mas professor, vocês combinaram tudo com os russos”?
Lembrei disso quando vi o técnico Abel agachado no gramado com uma porção de botões em cima de um campinho de futebol. Baseado no que os seus assistentes informaram, ele estava mostrando como o Palmeiras devia sair jogando pela direita para vencer na prorrogação.
No primeiro ataque do Defensa, pelo outro lado, o esquema dos botões desmorou como se fossem pedrinhas de dominó enfileiradas. E os jogadores esqueceram tudo o que tinha sido combinado.
Não seria melhor treinar incansavelmente a cobrança de pênaltis?