Uma enganação atrás da outra
Diferente do que acontece nos EUA, onde as bandeiras americanas vivem sempre hasteadas nas escolas, nos eventos e nas janelas de todo país, o povo brasileiro parece ter vergonha de ser brasileiro.

Ayrton Senna criou naturalmente esse nacionalismo ao desfilar com a nossa bandeira depois de vitórias espetaculares. E elas foram muitas. O povo só fazia isso nos jogos da seleção e nas suas conquistas, que agora ficaram bem mais raras.
No Brasil, a primeira coisa que todo presidente faz ao ser empossado é acionar as suas agências de propaganda para que elas criem campanhas motivacionais. E, normalmente, os slogans escolhidos fazem o amor à pátria virar chacota.
Quem lembra do “Brasil, ame-o ou deixe-o” do regime militar? Depois, o Collor veio com o “Brasil Novo”, o Itamar com o “Brasil, a união de todos” e, mais tarde, tivemos o “Trabalhando por todo o Brasil” e “Avança Brasil” dos governos do FHC. Mais recentemente, “Brasil: um país de todos”, do Lula, “País rico é país sem pobreza” e “Brasil, Pátria Educadora”, da Dilma, e o criativo “Ordem e Progresso” do Temer.
Para completar toda essa enganação, Bolsonaro veio com o seu “Pátria Amada Brasil”, que nada mais é do que o final de uma das estrofes do hino nacional.
Ou seria “Pátria Armada, Brasil”?