Os destemperos de quem não convence mais
Não é minha praia, mas vou exercer o direito que ainda tenho de me expressar.
Sinto o povo brasileiro tenso e preocupado neste nosso país cada vez mais dividido. Os ânimos andam exaltados entre esquerda e direita em um clima tão ou mais hostil do que na época das eleições.

A diferença é que agora os defensores do Lula e do Bolsonaro ficam sempre sem argumentos, por exemplo, quando constatam que um não quer ouvir falar do Celso Daniel e o outro foge do assunto Queiroz. Os dois parecem implicados até a alma.
Os petistas perceberam que o seu comandante anda com o coração cheio de ódio, sensação transmitida claramente no primeiro discurso pós-liberdade. Já a direita torce para que o capitão fale pouco e aposta na tese de que o Bolsonaro será beneficiado com os destemperos do Lula.
O que mais preocupou no discurso de São Bernado foi o ex-presidente incitar os petistas a imitarem chilenos e bolivianos. A baderna generalizada – segundo os bolsonaristas – atrapalharia o avanço da nossa economia, a maior arma que a direita tem nessa disputa acirrada pelo comando do país.
“Haja Coração” – como diz o Galvão.