Na Europa o futebol anda fascinante. No Brasil ele é modorrento.
Quem assiste a Champions League e depois o campeonato brasileiro fica com a impressão de estar vendo por aqui um outro esporte. É que na Europa os times estão recheados de craques.

O Flamengo não deslanchava antes de o Rafinha e o Filipe Luís serem contratados. A equipe era até razoável, mas não tinha bons jogadores em todas as posições.
Há quem defenda a tese de que o técnico Jesus deu cara nova ao time carioca. Pode ser, mas então o Sampaoli deve ser um gênio porque o Santos não tem elenco para estar entre os primeiros.
O certo é que tanto o português cabeludo quanto o argentino rabiscado fazem os seus times atacarem o tempo todo, o que acontece na Champions com duas dezenas de Flamengos.
No meio de semana, tivemos espetáculos grandiosos na Europa, como os 4 a 0 do Tottenham, os 6 a 0 do Real do nosso menino Rodrygo e, principalmente, os 4 a 4 entre Chelsea e Ajax.
Como o Ajax foi citado, eu pergunto: por que o David Neres joga tanto no time holandês e na seleção brasileira não pega na bola? Eu mesmo respondo: porque o Ajax tem um timaço.
E já que o assunto também é seleção, foi inexplicável – e triste – ver o Tite nesta quarta-feira em São Januário observando o Palmeiras reserva contra o fraquíssimo time do Vasco. Ele viu um futebol de péssima qualidade.