Felipão é uma fortaleza
Sempre que aparece a imagem do Felipão nas trasmissões dos jogos do Palmeiras eu me pergunto: por que será que ele ainda está trabalhando?

Aos 70 anos, faça sol ou chuva, seja aqui em São Paulo ou no Maranhão, Scolari continua colecionando vitórias. Ele parece não estar satisfeito com o título mundial e a Copa das Confederações com a seleção brasileira, duas Libertadores, dois Brasileiros, três campeonatos gaúchos, três Copas do Brasil e três títulos chineses.
Dinheiro não lhe falta e eu continuo me perguntando o motivo dele ficar tanto tempo resmungando com os repórteres nas coletivas depois dos jogos. Ele já não é tão brincalhão, mas ainda tem boas tiradas diante das perguntas mal formuladas.
A única explicação que eu encontro para todo essa persistência e dedicação é o esforço que o Scolari resolveu fazer para que esqueçam aquele desesperador e catastrófico 7 a 1 na Copa de 2014. Isso vai ser difícil de acontecer, mas com tantas vitórias Felipão já anda pelas ruas como uma pessoa quase normal.
No programa Bem Amigos, o também marcado Felipe Melo, que aos poucos vai conseguindo apagar a imagem de responsável pelo fracasso da seleção na Copa de 2010, definiu bem o Felipão. O volante contou que chorou abraçado ao técnico quando foi expulso no começo do jogo com o Cerro Portenho, pela Libertadores, e que ficou devendo ao treinador esse carinho que recebeu.
“Por isso ele é grande” – disse o Pitbull.