Na velhice o ateu sempre lembra de Deus
No meu tempo de faculdade eu tive alguns ídolos. Na música, por exemplo, curti bastante Chico e Caetano (foto). Com o tempo, esses dois petistas inveterados emburreceram politicamente e não querem entender que o Lula se corrompeu e perdeu a nossa confiança.

É inacreditável, mas eles continuam defendendo com unhas e dentes o bandido mais famoso do país.
Não acho que o Bolsonaro e seus militares salvarão o Brasil, até porque eles não são inteligentes como o Chico e o Caetano, mas é evidente que alguma coisa vai melhorar neste país que – meu Deus! – nos últimos anos ficou nas mãos da Dilma, do Temer e desse maldito judiciário que perdeu o juízo.
Não entendo todo esse fanatismo dos meus ídolos e seus agregados, tipo Juca Kfouri e José Trajano, para citar dois do meu meio, em aprovar tudo o que o PT fez ou faz de errado. E fico indignado com o silêncio deles a respeito do último julgamento indecoroso do Supremo ou sobre a ausência do pai presidiário no enterro do filho morto na tragédia de Suzano. A lei aqui não vale mesmo para todos.
Fico abismado ao constatar que os petistas mais convictos continuam falando maravilhas de Cuba e da Venezuela, mas sempre fazem as suas malas para Paris.
Um dia, meus ídolos vão perceber que não vale a pena ficar demarcando território em um mundo que não existe mais. Que eles voltem a batalhar, de forma honesta e imparcial, pela democracia que a gente sempre sonhou.