Conversa mole pra boi dormir
Com seu tom sempre professoral e de pastor evangélico, Tite continua enrolando todo mundo. Ele é bom técnico, mas o seu grande defeito é ficar tentando explicar o inexplicável.

Ele errou ao permitir que a CBF marcasse os amistosos contra americanos e salvadorenhos. A nossa seleção deveria enfrentar forças europeias. Os times dos EUA e de El Salvador são fracos perto dos sul-americanos que o próprio treinador atropelou nas Eliminatórias.
Eu sempre achei o Tite meio sem pulso e político demais. Escrevi isso no dia da sua apresentação como técnico da seleção, meses depois dele ter assinado um manifesto pedindo o afastamento do Marco Polo Del Nero da CBF.
Foi triste ver o treinador beijando o maldito presidente da entidade.
Ali ele deu um bico em todos nós e sacramentou o seu milhão de reais por mês, além de garantir o emprego de uma porção de amigos, inclusive do filho, que – como observador – o derrubou na Copa ao não informar o esquema do técnico da Bélgica.
Outra escorregada: no ano passado, depois do jogo Brasil e Colômbia que homenageou as vítimas da tragédia com a Chapecoense, Tite disse que teve vontade de propor o empate ao técnico da seleção colombiana. Essa frase tão absurda não foi explorada porque o nosso pastor sabe conduzir os seus assuntos com a maior maestria.
Imaginem o Dunga dizendo isso.