O trenzinho inglês

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A seleção da Inglaterra foi eliminada da Copa, mas nos deixou uma ideia interessante. Nos escanteios, seus jogadores formam uma fila indiana (foto), para fugir dos malditos empurrões e agarrões.

Trenzinho

Quando o escanteio é batido, os integrantes do trenzinho se distribuem pela área tentando o cabeceio. Tenho certeza que esse expediente será usado já na segunda parte do campeonato brasileiro.

Isso me fez lembrar 1977, quando eu era repórter do Jornal da Tarde e a nossa seleção estava em Bogotá se adaptando à altitude antes de um jogo pelas Eliminatórias da Copa da Argentina.

O técnico Brandão andava triste com a doença do filho e eu, para distraí-lo, uma noite sugeri um atleta de arremesso de peso na cobrança dos laterais. Com toda a sua precisão (continuei a brincadeira), esse atleta colocaria a bola na forquilha.

Brandão deu ainda mais risada quando eu disse que, sem o impedimento na cobrança do lateral, um enorme jogador de basquete ficaria encostado na trave para marcar o gol de cabeça.

No dia seguinte, o técnico ensaiou uma jogada: Luís Pereira recuava de calcanhar para o Leão, que acionava o Rivelino no meio de campo. Três especialistas: um zagueiro muito técnico, um goleiro que repunha bem com as mãos e o craque matando a bola no peito.

No dia do jogo, Luís Pereira fez o recuo de calcanhar, mas a bola explodiu na trave brasileira. O susto deixou o time nervoso e, com o 0 a 0, Brandão acabou sendo demitido.

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