Bella ciao, ciao, ciao
Passada a ressaca pela eliminação do Brasil eu lembrei da música símbolo da resistência italiana na Segunda Guerra Mundial, revivida no seriado espanhol La Casa de Papel, e que gerou tantas gozações quando alemães, espanhóis e argentinos voltaram para casa.
Agora, depois da derrota para a Bélgica, os brasileiros viraram o alvo dessa canção entoada pelos partigiani e estão sendo obrigados a encarar a realidade: a bela taça da Copa ficou mesmo para 2022.

Depois que o colunista Tostão declarou não entender nada de futebol, referindo-se à eliminação da Espanha, eu fiquei mais animado em escrever aqui neste espaço. Afinal, trata-se da palavra de quem foi craque. Agora que o Tostão confessou ter se iludido com o time do Tite eu me sinto ainda mais à vontade para dar a minha opinião.
A nossa seleção não é nada do que a gente imaginava e corria o risco de levar uma tremenda sapatada da França. O raciocínio é o mesmo de 2014: se o Brasil tivesse perdido nos pênaltis para o Chile não teria sofrido os 7 a 1 para a Alemanha.
O Tite é bom, deve continuar no cargo, mas não pode ser endeusado. Nosso treinador errou feio. Caiu na armadilha do técnico belga e foi ingênuo ao demorar uma eternidade para perceber que o craque De Bruyne estava jogando quase sem marcação.
Seria a mesma coisa de o Neymar ficar o jogo inteiro no mano-a-mano com apenas um marcador.