Não dá para aguentar essa história de transmissão pela tevê
Eu não diria que vitória do Brasil lavou a nossa alma, até porque o placar foi 1 a 0 e – aqui para nós – eu nunca vi uma seleção alemã tão fraca. Mas isso até que não me incomodou tanto.
O que eu achei um absurdo foi a TV Globo, a maior emissora do chamado “país do futebol”, transmitir um jogão desse pela televisão e não do Estádio Olímpico de Berlim.

Essa história de off-tube começou nos anos 70, na época de Copa do Mundo, quando as emissoras não tinham dinheiro e equipes para tantas viagens e acabavam pagando uma taxa para transmitir de um estúdio os jogos menos importantes.
Aos poucos, por economia, esse recurso começou a ser mais usado e hoje os figurões da narração esportiva se sujeitam a isso.
Nessa partida contra a seleção alemã, Galvão Bueno, Casagrande, Júnior e Arnaldo Cezar Coelho transmitiram pela tevê, ao invés de estarem no estádio, onde teriam visto o juiz e o bandeirinha correrem para o centro de campo no gol do menino Jesus.
Diante da imagem do nosso atacante reclamando alguma coisa, o Galvão levou uma eternidade para perceber que o gol tinha sido validado. O problema é que isso eu também vi – e até antes dele.
Espero que na Copa da Rússia, onde os jogos serão sempre distantes, a TV Globo não invente de transmitir a seleção brasileira pela televisão. Só faltava essa.