A eterna discussão: ex-jogador pode ser comentarista?
Desde os meus tempos como presidente da Associação dos Cronistas Esportivos, na metade dos anos 90, eu defendia a tese de que o ex-jogador poderia ser comentarista, mas sempre como um convidado e nunca tomando o lugar do jornalista.
Na época eu já criticava apresentadores como o barulhento Neto ou o Roger Flores que se traveste de jornalista para roubar o comando do cronista esportivo. Mais recentemente, critiquei o argentino Sorin comandando um programa na ESPN com a empáfia de quem disse – para os brasileiros – que o Maradona foi melhor do que o Pelé.
No ano passado, na FOX (foto), Edmundo brigou ao vivo com o comentarista Paulo Vinícius Coelho alegando que só o PVC falava e que, por isso, ele estava se considerando um intruso. Faltou alguém dizer naquele momento, usando o português correto que o Animal não tem, que ele estava ali realmente como um ex-jogador de futebol.

Nas transmissões da tevê aberta a Globo continua errando ao colocar só ex-jogadores nos comentários, sem nunca investir nos cronistas esportivos. E também erra quando contrata o Ronaldo para as transmissões de jogos da Seleção.
Além da sua dicção ruim e da falta de conteúdo nos comentários, como é que o Fenômeno vai criticar o Gabriel Jesus se o Jesus é cliente dele?