Salve-se quem puder
Para controlar a pressão alta, minha mulher Luisa usava um comprimido chamado Atensina. Há alguns dias, ela não encontrou mais esse medicamento nas farmácias e nem os serviços de delivery farmacêutico souberam explicar o motivo do sumiço do remédio.
A preocupação aumentou quando o seu médico disse não saber o que estava acontecendo, numa demonstração clara de que a desinformação se tornou total neste nosso país de terceiro mundo.
Talvez o laboratório e as farmácias não tenham dado tanta importância ao problema em função de a caixinha de Atensina, com 30 comprimidos, custar apenas R$ 7,00. Não duvido.
Mesmo que o médico tenha receitado outro remédio eu fui pesquisar no Google e me surpreendi com o tamanho da fabricante, a Boehringer Ingelheim, um dos maiores laboratórios da Alemanha.
O site da gigante no setor farmacêutico me ofereceu vários telefones de contato, mas eu não cheguei a lugar nenhum depois de apertar dezenas de teclas do meu celular. Desanimado, preenchi um espaço no site da multinacional que prometia a resposta em 48 horas.
A resposta não veio.
No fim acabei descobrindo, meio sem querer, no blog de um farmacêutico, que a Boehringer informou no final de fevereiro sobre a descontinuidade temporária da Atensina.
Sai Venezuela!
