Nossa seleção tem três ou quatro craques?
Sempre bem mais racional do que eu, o meu filho Julian sempre diz que uma boa seleção precisa ter, no mínimo, três craques. Eu respeito a opinião dele, mas acho que – com exceção do time tetracampeão em 94 – ganha Copa do Mundo quem tem quatro craques de verdade.

Sei que é difícil conceituar quem é craque e eu nem vou citar aqui as seleções de 58, 62, 70 e 2002, que tiveram um nível muito alto. Dou os exemplos dos times de 82, com Falcão, Zico e Sócrates, e o de 86, com Zico, Sócrates e Careca. Seguindo o meu raciocínio, Telê não poderia mesmo ganhar essas Copas porque, nas duas vezes, ficou faltando o quarto craque.
Se na Copa da Espanha nós ficamos sem o Careca, que se machucou uma semana antes (substituído pelo Serginho Chulapa), na Copa do México o técnico Telê Santana tirou o Falcão e colocou o Alemão, outro que nunca foi craque. O pior: Casagrande, Alemão e Edson não eram craques e ainda bebiam depois dos jogos.
Para provar que estamos descendo a ladeira, nos 7 a 1 a nossa seleção jogou contra a Alemanha sem nenhum craque, lembrando que no Mineiraço não estiveram em campo o Neymar e o Thiago Silva, se é que o Chorão pode ser enquadrado nessa categoria.
Eu pergunto: a seleção do Tite tem quatro craques? Tem três? Como vamos ganhar a Copa da Rússia só com Neymar e Marcelo?