Condenação do Marin começou com canetada do Obama

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Em 2010, quando o Catar foi escolhido para sediar a Copa de 2022, deixando para trás os americanos por 14 votos a 8, o presidente Barack Obama foi alertado de que membros da FIFA teriam sido subornados naquela eleição. Foi aí que ele autorizou as investigações do FBI.

Há dois anos e meio, com a ajuda da Interpol, vários dirigentes foram presos num hotel da Suíça, entre eles, o José Maria Marin (foto), que foi condenado esta semana pela corte americana.

235 - Marin

Marin não está ligado diretamente à eleição do Catar, mas as investigações chegaram nele quando foi descoberto um mar de propinas, principalmente os milhões de dólares que Ricardo Teixeira, na época presidente da CBF, pegou dos árabes e distribuiu para a maioria dos eleitores.

Para um órgão federal como o FBI, fundado em 1908 e que usa escutas desde 1920, foi fácil descobrir quem subornou e quem foi subornado. Afinal, a lista de eleitores tinha só 14 nomes, que tiveram suas vidas esmiuçadas até os americanos chegarem a um monstruoso esquema de corrupção.

Quando aconteceram as prisões, em 2015, Ricardo Teixeira deixou às pressas os EUA e continua escondido atrás das facilidades que a justiça brasileira oferece aos bandidos. O atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, estava na Suíça naquele dia e também conseguiu embarcar para o Brasil, de onde nunca mais saiu com medo de ser preso pela Interpol.

Não fosse a maldita lei brasileira que não permite extradição, Ricardo Teixeira e Del Nero já estariam presos há muito tempo.

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