Lembranças que o tempo não apaga.

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Ju-Joaquim CruzLembro como se fosse hoje dessa imagem do Joaquim Cruz se aquecendo atrás da pista de atletismo do Ibirapuera. Isso aconteceu em 1986, dois anos depois de o campeão ter conquistado a medalha olímpica dos 800 metros. Ele era o grande herói do esporte brasileiro.

Na época eu fazia a assessoria de imprensa do Meeting Internacional de São Paulo que, quatro anos depois, se tornou o nosso Grand Prix de Atletismo, prova oficial da IAAF. Nossa equipe era numerosa e tinha vários especialistas em atletismo, entre eles, o jornalista Benê Turco.

Para esse serviço eu fui contratado pelo empresário e apaixonado por atletismo Victor Malzoni Júnior. Ele me pediu um cuidado todo especial com o Joaquim Cruz, que certamente seria muito assediado pela imprensa. Eu não deixei o campeão nem um minuto sozinho.

Naquele dia, o Joaquim pediu licença para os repórteres e foi se aquecer num gramado atrás da arquibancada. Eu estava meio longe, mas deu para ver que o campeão olhava para um menino meio atrevido que imitava os seus movimentos.

Olhei com mais atenção e vi que se tratava do meu filho Julian. Na época ele tinha 8 anos e, de vez em quando, me acompanhava nas coberturas dos eventos. Mesmo distante, peguei minha máquina fotográfica (não tínhamos celulares) e registrei esse momento, que nunca mais saiu da minha cabeça.

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