O aprendiz do aprendiz.

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Ao chegar aqui na Suíça, onde moram o meu filho, a minha nora e o meu neto, fiquei sabendo da derrota da seleção brasileira. Foi um resultado que eu já tinha previsto nesta coluna em função de o técnico Tite estar testando jogadores e de a vitória ser muito importante para a seleção argentina.

Ao passar por Zurique, onde fica a sede da FIFA, lembrei dos corruptos João Havelange e Joseph Blatter, que reinaram na entidade durante décadas. Lembrei também do Ricardo Teixeira, o ex-presidente da CBF que começou a usar os ensinamentos recebidos do sogro Havelange e que pintou e bordou no futebol da América do Sul junto com outro bandido, Nicolas Leóz, o ex-presidente da Conmebol que está em prisão domiciliar em Assunção.

No meio dessa quadrilha (seis estão presos nos EUA, um deles, José Maria Marin) vivia o empresário J. Hawilla, que cansou de comprar todos eles para conseguir os direitos dos torneios sul-americanos. Rolava um dinheiro tão grande que – dizem – a sede da Conmebol, em Assunção, foi presente do Hawilla ao Leóz. Presente de grego porque, mais tarde, o empresário entregou todo mundo para a Justiça americana.

Na época, com medo de ser preso, Ricardo Teixeira abandonou a sua mansão em Boca Ratón e voltou para o Brasil, onde a polícia é lenta, tão lenta que demorou tanto tempo para indiciar o Havelange que ele morreu com 100 anos de idade.

Agora, após denúncias da atual diretoria da Conmebol, o Ministério Público do Paraguai está investigando novos desvios do Ricardo Teixeira e do Nicolas Leóz em edições da Libertadores. Essas investigações podem respingar no presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, o aprendiz do aprendiz do Havelange.

DelNero

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