Lembrei do Geraldo Manteiga.

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Vendo as últimas atuações do Borja no Palmeiras eu lembrei do Geraldão, centroavante do Botafogo de Ribeirão Preto que marcou 23 gols em 1974 e foi artilheiro do campeonato paulista.

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Nesse ano, o Geraldo Manteiga, como era chamado, marcou um gol polêmico na vitória de 1 a 0 sobre o Corinthians. A bola não entrou, os jogadores corintianos se revoltaram e Rivellino chegou a dar um pontapé no bandeirinha.

Em 75, o presidente Vicente Matheus lembrou desse jogo e resolveu contratar o centroavante artilheiro. Geraldão foi recebido com festa no Parque São Jorge, mas nada de gols durante quase um ano.

Mesmo festejando o título de 1977, Matheus percebeu o seu erro: quem municiava o centroavante em Ribeirão Preto era o Sócrates, que acabou sendo contratado pelo Corinthians em 1978.

O Palmeiras fez certo: trouxe o matador Borja e o habilidoso Guerra que dava as assistências para o colombiano no Atlético de Medellin. O problema é que o venezuelano está se destacando e o Borja não. Seria como se o Sócrates chegasse junto com o Geraldão. O Doutor iria brilhar e o centroavante demoraria um tempo para se firmar.

Geraldão disputou 280 jogos pelo Corinthians e marcou 91 gols, ou seja, um gol a cada três jogos. Tudo leva a crer que o Borja logo vai desencantar no Palmeiras.

O futebol nos reserva tantas surpresas que, jogando pelo Internacional e sem ter Sócrates ao lado, em 1982 o Geraldão foi campeão gaúcho marcando cinco gols nos 5 a 0 sobre o Grêmio.

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