A Justiça Desportiva parece o nosso Supremo.
Os santinhos dos três jogadores do Peñarol foram suspensos pela Conmebol por cinco jogos, enquanto o Felipe Melo acabou sendo punido por seis partidas por ter se defendido na emboscada de Montevidéu.

Tudo indica que a entidade sul-americana tenha tomado essa decisão para dar o exemplo e que, depois de uma boa encenação, voltará atrás atendendo ao recurso palmeirense.
Isso aconteceu há poucos dias com a FIFA. A entidade puniu Messi com três jogos por ofender o bandeirinha brasileiro e, ao receber o recurso da federação argentina, acabou perdoando o atacante, que seguirá jogando nas eliminatórias sul-americanas.
Recentemente, um recurso no TJD de São Paulo fez com que os integrantes do tribunal atendessem aos anseios dos seus superiores e votassem pelo vergonhoso efeito suspensivo que permitiu ao lateral corintiano Fagner jogar a final do Paulista.
Por outro lado, o poderoso Real Madrid nem precisou de recurso. A Federação Espanhola puniu Sérgio Ramos com um jogo de suspensão depois do vermelho recebido pela entrada violenta no atacante Messi, mas ignorou os gestos irônicos feitos pelo zagueiro do Real ao árbitro da partida. Neymar fez a mesma coisa e foi suspenso por três jogos.
Enfim, como os integrantes dos tribunais esportivos são indicados eles julgam de acordo com os interesses de suas entidades, mais ou menos como acontece no nosso Supremo, onde tem juiz que nunca foi juiz e que fica o tempo todo protegendo quem o apadrinhou.