O velho e querido Pacaembu.
Quem é paulistano e gosta de futebol tem um carinho muito grande pelo Pacaembu, que nesta semana completa 77 anos. Levado pelo meu pai, eu vi grandes jogos nesse estádio na época em que a hegemonia era disputada por Santos, Botafogo, Palmeiras e Cruzeiro.
Lembro da noite em que o Santos venceu o Botafogo por 4 a 3. Foi em 1963, primeiro jogo da decisão da Taça Brasil. O ataque santista tinha Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. O ataque carioca era formado por Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo e Zagallo.
O Pacaembu foi inaugurado no dia 27 abril de 1940 com uma vitória do Palmeiras sobre o Coritiba por 6 a 2. Uma curiosidade: o ditador Getúlio Vargas levou uma sonora vaia dos 50 mil torcedores.
Dois anos depois, o então maior estádio da cidade recebeu o seu maior público: 72 mil pessoas na estreia de Leônidas no São Paulo.
Depois veio a Copa de 50 e dezenas de grandes decisões até que o Pacaembu foi perdendo a sua importância com o surgimento do Morumbi e, mais recentemente, do Itaquerão e do Allianz Parque.
Em 1987, quando eu trabalhava na Rádio Record, ganhei do próprio Paulo Machado de Carvalho um ingresso da inauguração do estádio que recebeu o seu nome. Aos 86 anos, o Marechal da Vitória me deu essa relíquia e disse: “Meu filho, não esqueça que no gramado do Pacaembu pisaram alguns dos deuses do nosso futebol”.
