Esse maledetto devia estar na cadeia.
Fiquei revoltado quando li o trecho da delação premiada do tal Hilberto Mascarenhas, responsável pelo Departamento de Propinas da Odebrecht até 2015, ano em que foi preso.

Mascarenhas falou que não pretende voltar ao trabalho. Com a maior desfaçatez ele disse “quando vocês tirarem esse negócio do meu pé (a tornozeleira) e eu puder viajar quero curtir a minha vida e os 40 anos que trabalhei”.
Ora, não é possível suportar essa declaração de quem liberou a maior parte dos quase R$ 4 bilhões que a Odebrecht pagou em propinas. Eu e tantos brasileiros também trabalhamos 40 anos e nós continuamos tentando pagar as nossas contas, enquanto esse bandido está em casa sonhando em tomar sol e passear de lancha em Miami.
Em tom de deboche, Mascarenhas contou que chegou a jogar um computador no mar para destruir provas do esquema de corrupção. Absurdo ter feito isso e mais absurdo ainda foi ele ter dito que o Marcelo Odebrecht o intimou a coordenar o pagamento de propinas, como se ele fosse obrigado a ser um corruptor.
De acordo com o MPF, foi ele quem abriu a conta no banco suíço PKB para que a Odebrecht pagasse, via a offshore Smith & Nash, as propinas para a galera da Petrobrás e do governo Lula.
Eu preferia estar escrevendo aqui sobre o Palmeiras ou o Barcelona, que esta semana precisam reverter suas derrotas por 3 a 0, mas fiquei enojado quando li sobre esse maledetto que devia estar na cadeia e não em prisão domiciliar.