Pobres campeonatos regionais.
Alguém pode imaginar 23 torcedores no estádio e renda de apenas R$ 230,00? Isso aconteceu no campeonato pernambucano, em março, quando o Vitória das Tabocas venceu o Atlético-PE em Vitória de Santo Antão.
Somando as duas delegações, juiz, bandeirinhas, representante e gandulas, nós tivemos mais gente dentro do que fora de campo.

O leitor pode pensar: mas esse jogo foi disputado na Zona da Mata. Eu respondo: uma semana depois, em Campinas, o RB Brasil venceu o São Bernardo com público de 297 pessoas e renda de R$ 2.200,00.
Tanto no Carneirão quanto no Moisés Lucarelli, envolvendo times das primeiras divisões de Pernambuco e São Paulo, não deu para pagar árbitros e nem funcionários dos estádios.
Se os dirigentes não descobrirem novas fórmulas, chegará o dia em que centenas de times pequenos vão fechar. Não adianta pensar nas prefeituras falidas e nem nos patrocínios que estão minguando.
A pobreza é generalizada: no Rio, em março, no Moça Bonita, o jogo Portuguesa e Macaé rendeu R$ 2.060,00, com 158 pagantes; no campeonato mineiro, em janeiro, Tricordiano e Uberlândia jogaram para 103 pessoas, com renda de R$ 2.235,00. E assim por diante.
Se as equipes pequenas não estão suportando nem no campeonato paulista, que paga R$ 4 milhões para cada time, dá para imaginar o que está acontecendo no interior do Brasil.