O baixinho Ecclestone vai deixar saudade.

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Por mais que Ross Brawn conheça a F-1 e que o novo chefão Chase Carey tenha boas ideias, pelo que a gente viu no GP da Austrália o aposentado Bernie Ecclestone vai fazer muita falta. O velhinho tinha 40 anos de vivência e sabia administrar a categoria como ninguém.

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Foi difícil ficar quase duas horas na frente da televisão, no meio da madrugada, vendo uma corrida sonolenta e sem ultrapassagens. Os carros ficaram bonitos e mais velozes, mas próprio Felipe Massa disse que foi uma prova chata.

Lá em Portugal, o leitor Rodrigo Figueiredo reclamou, com toda a razão, da falta de emoção na chamada nova Fórmula-1 que hoje tem carros, asas e pneus maiores. Os pilotos gostaram das mudanças, mas não se pode conceber uma corrida sem ultrapassagens.

Fico imaginando o que vai acontecer nas ruas apertadas de Monte Carlo com os carros enormes e os pneus mais duráveis, que possibilitam um número menor de pit-stops. Piloto nenhum vai conseguir passar o outro no GP de Mônaco.

Quando o baixinho Ecclestone ficava inventando formas de complicar a vida das equipes, limitando a velocidade e oferecendo pneus sem tanta durabilidade, o excesso de pit-stops chegava a ser criticado, mas a F-1 tinha mais competitividade.

Vamos ver o que acontece na China, mas não precisa ser um entendido para saber que a nova gestão americana da F-1 logo autorizará a abertura da asa traseira para ajudar nas ultrapassagens. Isso talvez faça com que as corridas voltem a ter emoção.

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