De repente, o celular virou o vilão.
Claro que a falta de atenção também acontecia no passado, mas hoje as distrações andam cada vez mais frequentes.
A última grande vacilada aconteceu em Brasília, no jantar que o presidente Temer ofereceu aos diplomatas com o objetivo de mostrar a qualidade da carne brasileira. É impossível que nenhum assessor tenha tido tempo para perguntar se a churrascaria trabalhava com carne brasileira ou uruguaia.
Há poucos dias surgiu a propaganda promocional da JBS com o pacotinho de carne com vencimento em 2013.
Outra distração da semana aconteceu no Jornal Extra. Na previsão tempo, o jornal carioca publicou cú nublado ao invés de céu nublado.
Aposto que o pessoal da assessoria do presidente passa mais tempo no WhatsApp do que trabalhando. O diretor da Friboi que aprovou o anúncio certamente estava no Facebook. No erro do jornal, redator e revisor podiam estar fazendo selfie ou baixando um app no celular.
Quem tem a minha idade sabe que o celular é uma invenção recente e que, no nosso tempo, trabalhar sem ele era muito difícil. Hoje, eu diria – sem medo de errar -, que ninguém viveria sem o seu celular. O problema é que esse aparelhinho tão útil nos faz ficar longe do mundo. Daí os erros tão seguidos.
Lembram da última entrega do Oscar, quando o carinha da PwC se distraiu com o seu celular fazendo fotos da Viola Davis e entregou o envelope errado?