Ó pátria amada. Idolatrada. Salve! Salve!
Ao invés de se preocupar com os desmandos dos nossos políticos, a senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, teve a brilhante ideia de propor a execução na íntegra do hino nacional antes dos eventos esportivos.

A lei foi aprovada em dezembro e, ao contrário do que a nobre senadora esperava, o nosso hino vem sendo motivo de desrespeito e chacota.
Os senadores achavam que o hino completo despertaria o sentimento de nacionalismo. Admitindo que os torcedores brasileiros não são lá muito educados, dá pra ver que o patriotismo está longe de ser visto nos estádios.
No jogo entre e Palmeiras e Jorge Wilstermann, da Bolívia, enquanto a torcida palmeirense gritava o seu desrespeitoso “Meu Palmeiras…”, no final da primeira parte do hino os jogadores trocaram cumprimentos e deixaram árbitro e assistentes argentinos ouvindo a segunda parte.
No último domingo, na partida Ferroviária e Corinthians, em Araraquara, os organizadores diminuíram a duração do hino para 2 minutos e 40 segundos, quase um minuto a menos do que em Palmeiras e Santos. Mesmo assim, foi tempo demais.
A primeira parte, como vinha acontecendo, banalizava o nosso hino, mas já era o suficiente, como nos eventos da FIFA e do COI. Na íntegra, desaquece os atletas e provoca bocejos nas crianças.
Lendo a respeito eu me deparei com uma ideia estapafúrdia de um dirigente paulista. Em 2007, ele propôs que o hino nacional fosse executado nos intervalos dos jogos. Sabem de quem foi essa pérola? Marco Polo Del Nero, o presidente da CBF.