Aqui o poste faz xixi no cachorro.
A amiga Malu Gouveia reclamou – com toda a razão – por eu não ter feito nenhum comentário sobre o caso Bruno.
Querida Malu: eu comecei a escrever duas ou três vezes sobre o assunto, mas acabei desistindo por achar que alguma coisa estava errada nessa história. Errei ao não acreditar no absurdo.
Depois, como se tivesse perdido o bonde, achei desnecessário ficar repetindo o que todo mundo vinha comentando, ou seja, que o processo ficou parado na mão de um maledetto juiz mineiro e que a decisão do ministro do Supremo foi inacreditável, além do oportunismo inaceitável e o marketing negativo do Boa Esporte.
Desde o início eu fiquei abismado e não entendi como um assassino poderia estar em liberdade e, ainda por cima, ser premiado com um emprego neste nosso país de 14 milhões de desempregados.
Lendo mais sobre o assunto, descobri que procedimentos como esse são normais, mas não se aplicam ao goleiro do Flamengo por ele já ter sido foi condenado por um júri popular. Erro do ministro Marco Aurélio Mello.
A última informação veio do desembargador do caso, Doorgal Andrada, da 4ª Câmara Criminal do TJ-MG. A notícia boa: o jurista disse que o Bruno voltará para a cadeia. A notícia ruim: o processo poderá levar meses até ser julgado, ou seja, o goleiro deverá mesmo defender o Boa Esporte que tem os seus dias contados.
Malu, como diz a minha mulher Luisa, no Brasil o poste faz xixi no cachorro. Esse caso do Bruno acaba não sendo surpresa num país onde soltaram a Suzane Von Richthofen no Dia das Mães.