Como toda eminência parda, Andrés Sanchez não aparece.
Depois da classificação dramática na Copa do Brasil, conseguida nos pênaltis, agora o Corinthians pega o Santos, neste sábado, no Itaquerão. Uma vitória no clássico seria importante para consolidar a boa fase no Paulista e para dar a tranquilidade que o presidente Roberto de Andrade precisa para resolver alguns problemas políticos.
Mantido no cargo depois de o conselho rejeitar o seu impeachment, o presidente está naquela fase de retribuir favores aos que lhe deram apoio, caso do ex-presidente Andrés Sanchez, que continua sendo a maior força política no clube.

No Corinthians, ninguém resolve nada de importante sem consultar o Andrés, que não pode aparecer por ser alvo na Lava Jato, ele que foi acusado de receber dinheiro da Odebrecht na sua campanha para deputado federal. Ao ser lembrado, ele poderia fazer com que surjam denúncias em relação ao Itaquerão e isso nem a oposição quer.
Nesse cenário político complicado, muita gente dentro do clube anda especulando sobre um possível afastamento do diretor de futebol Flávio Adauto. Eu acho difícil isso acontecer por se tratar de um amigo do Andrés e amigo também de outros cardeais, entre eles, Paulo Garcia, parceiro do Roque Citadini e assim por diante.
Se alguém está para cair eu acredito mais na demissão do gerente de futebol Alessandro Nunes, que substituiu Edu Gaspar na comissão técnica. Desde que assumiu o seu cargo, o ex-lateral acabou fazendo alguns inimigos dentro do clube. Seria como balançar o galho da árvore para que a fruta madura caia mais depressa.