Foi condenado a 271 anos de prisão. Cumpriu 18. Tá bom, né?
Eu respeito e acho indispensável o trabalho dos advogados nas diversas áreas do nosso dia-a-dia, mas quem convive comigo sabe que eu odeio os que defendem o bandido sabendo que ele é culpado, como no caso do advogado da dupla que matou o ambulante na estação de metrô de São Paulo.
Sei que todo mundo tem direito de defesa, que ninguém defende o crime e que o objetivo é um julgamento justo, mas eu não consigo entender porque o advogado que mente não recebe punição.
Isso me fez lembrar quando eu trabalhava no Domingão do Faustão, em 1999, e apareceu na portaria da Globo uma namoradinha que eu tive aos 15 anos. Ao encontrar a então advogada Maria Elisa Munhol eu levei um susto quando ela disse que defendia o Maníaco do Parque, preso por estuprar e matar uma porção de mulheres.
Com a maior cara de pau, a minha primeira namorada começou a falar bem do seu cliente e me perguntou se o Faustão teria interesse em entrevistá-lo. Eu disse não e, naquele momento, dei graças a Deus de um dia ter desmanchado o meu namoro.
Em 2002, Maria Elisa tentou convencer o tribunal de que o Francisco de Assis Pereira deveria cumprir pena num manicômio, mas o pedido foi rejeitado e ele acabou sendo condenado a 271 anos de prisão.
O tamanho dessa pena acaba sendo uma brincadeira de mau gosto do nosso código penal porque pouco importa se o criminoso matou 5 ou 50 mulheres. No Brasil ninguém fica preso mais do que 30 anos e, como todos sabem, o condenado é solto por bom comportamento depois de cumprir um terço da pena.
6 de janeiro de 2017 às 10:39
Que tal ” advogado” que defende esses “clientes” passar uma semana junto com eles na cadeia explicando porque nao foram absolvidos.
CurtirCurtir