Eles sabem que agora a porca vai torcer o rabo.
Quando a corrupção do dirigente malandro tem ramificações nos EUA o FBI prende o suspeito com a maior rapidez. Não é como aqui no Brasil, onde é preciso que 70 executivos da Odebrecht façam suas delações para comprovar o que todo mundo já sabe.

Nessa lenga-lenga de quem vai ser preso primeiro, dois figurões do nosso esporte andam apavorados. O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da entidade foram indiciados em 2015, não explicaram nada para a Justiça americana e, por isso, este ano serão julgados à revelia.
Cientes de que os julgamentos vão acontecer em 2017, os advogados de Del Nero e Teixeira estiveram recentemente nos EUA atrás de detalhes das acusações, mas não conseguiram nada.
Dois corruptos continuam em prisão domiciliar: o empresário J. Hawilla não pode deixar Miami, mesmo depois dos 150 milhões de dólares que aceitou devolver, e outro ex-presidente da CBF, José Maria Marin, está em Nova Iorque esperando o seu julgamento.
Em 2015, Ricardo Teixeira deixou a sua mansão em Miami e veio correndo morar no Rio para não ser detido pela polícia americana. Del Nero resolveu continuar por aqui, sem viajar, sempre com medo de ser preso pelo FBI em qualquer aeroporto do mundo.
Já que no Brasil ninguém resolve nada, que os americanos façam justiça com Marin, Teixeira e Del Nero, três espertinhos que há muito tempo já deveriam estar pagando pelo que fizeram.