Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Com o Supremo desmoralizado e o Congresso prestes a desmoronar com tantas denúncias, a nossa única saída seria ter um comandante firme e que não aparecesse nas delações. Mas isso não acontece. No momento em que o presidente Temer pede calma aos seus assessores, “para que a poeira possa baixar”, só nos resta rezar.
Quando a gente projeta o futuro do Brasil nas mãos de presidenciáveis como Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra, Jair Bolsonaro (meu Deus!), o próprio Lula e a líder nas pesquisas, Marina Silva (meu Deus de novo!), eu sinto uma sensação de desespero.
A triste verdade é que até 2018 não existe tempo suficiente para que apareça um salvador, já que nesse mundo da política são necessários anos e mais anos para o aprendizado de um futuro líder. Posso estar enganado, mas – mesmo que eles não sejam uma Brastemp – restam poucas esperanças com Álvaro Dias e Ronaldo Caiado.
Eu sempre me pergunto se o horário político gratuito não seria um dos vilões de tanta corrupção. Fui pesquisar e vi que a propaganda na tevê e no rádio também existe na Grã-Bretanha, Canadá, Dinamarca, França, Espanha e outros países mais adiantados.
Como no Brasil tudo é desvirtuado, os políticos começaram a pedir doações para as campanhas dos seus partidos e, quando perceberam que isso era fácil, passaram a barganhar um dinheirão a mais.
Não fosse a Lava Jato e hoje nós estaríamos num precipício bem maior com um número incrível de futuros candidatos vendendo seus peixes e suas honestidades. Ainda bem que mais de uma centena de Zé Dirceus estão presos e distantes do processo eleitoral.
