Festa no chiqueiro e velório em Brasília.

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screen-shot-2016-11-28-at-10-06-16Eu ia escrever sobre o título do Palmeiras, sobre Gabriel Jesus, sobre a justa homenagem ao Fernando Prass e sobre o foguetório que a torcida palmeirense promoveu durante horas, mas a imagem do porquinho me fez associar a lama do chiqueiro à crise brasileira.

Com tristeza, lembrei dos nossos três Poderes quase falidos num Brasil desgovernado onde o Judiciário julga segundo seus interesses, o Legislativo legisla em causa própria e o Executivo só faz política e não executa nada.

Claro que existem exceções, mas é desolador ver um ministro do Supremo rasgar a constituição para salvar os direitos políticos da “presidenta” incompetente, acompanhar os deputados e senadores discutindo leis que podem livrá-los da Lava Jato, torcer pela prisão do Lula corrupto e ainda ter de reconhecer que o presidente empossado é mesmo um golpista.

Longe de defender a ex-presidente Dilma, pensei nos dois anos em que o Temer ficou preparando o impeachment e boicotando com o seu PMDB todos os projetos do governo. Ele também tem sua parcela de culpa no estado deplorável em que o Brasil se encontra.

O que mais me deixou abismado foi a atitude do presidente ao apoiar a ideia de um órgão vinculado ao Ministério da Cultura liberar o projeto imobiliário onde o seu então ministro Geddel Vieira Lima comprou um apartamentozinho de R$ 2,6 milhões.

Não adianta. A corrupção está generalizada. Tem gente que diz “mas o Suplicy é honesto”. Eu até acredito, mas talvez ele seja só um bobalhão que ganha 26 mil reais de aposentadoria e mais 30 mil reais de serviços prestados à prefeitura do PT que ele tanto defende.

Parabéns, Palmeiras.

 

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