Cheirinho de chiqueiro.
Não sei se o time está jogando só para o gasto, se o menino Jesus desaprendeu, se o elenco não é forte como se imaginava ou se os adversários é que são fracos e as partidas viram verdadeiras peladas. O que eu sei é que o futebol do Palmeiras anda ruim e, mesmo assim, o título vai ficando cada vez mais perto.

Os pontos de vantagem para Santos e Flamengo não garantem o título porque ainda temos quatro rodadas, mas a torcida palmeirense começa a festejar sentindo o cheirinho do porco campeão.
Eu já contei aqui neste espaço a história de quando o Palmeiras começou a ser chamado de porco. Esse apelido existia no passado, numa alusão aos italianos e por causa de uma briga com a diretoria do Corinthians, mas pegou para valer no final dos anos 70.
Nessa época, eu era sócio de uma editora que publicava um jornal dirigido à torcida corintiana. Na véspera de um jogo com o Corinthians o nosso editor colocou na capa um porquinho vestindo a camisa verde e isso foi o suficiente para incendiar a rivalidade. Eu, como palmeirense, detestei a ideia, mas não pude fazer nada porque trabalhava em outra área da editora.
Quando a diretoria do Palmeiras resolveu assumir o porco como mascote os torcedores toparam a brincadeira, mais ou menos como acontece quando a pessoa não gosta de como é chamada e acaba reconhecendo o apelido para que a gozação não tenha mais graça.
Dezessete anos depois daquele timaço da Parmalat, o Palmeiras chega perto de mais um título. Foi um período difícil para a torcida, que amargou dois rebaixamentos e só ganhou duas Copas do Brasil e um Paulista, mas agora o Porco pode conquistar o título brasileiro depois de 22 anos.
O porquinho cresceu.