E não é que a tática do Paulo Nobre deu certo?
A ameaça do ninguém vai levar na mão grande, feita pelo Paulo Nobre depois do Fla-Flu, ainda vai render bastante nesta reta final do Brasileiro. Agora, depois dos lances polêmicos na vitória do Palmeiras sobre o Figueirense, quem esbravejou e fez mil ironias foi o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.
Eu critiquei bastante a atitude do presidente do Palmeiras ao escrever que ele não deveria ter insinuado ajuda ao Flamengo no episódio do gol anulado do Fluminense. Achei que ele tinha errado e que iria constranger as arbitragens nos próximos jogos do seu time.
Não foi isso o que aconteceu em Santa Catarina. O juiz Igor Benevenuto errou em lances capitais, todos a favor do Palmeiras: o pênalti dado em cima do Gabriel Jesus, o pênalti não marcado no Rafael Silva (na foto dá para ver a falta do Egídio dentro da área) e a bola fora de campo no lance que originou o segundo gol palmeirense.

Os problemas de arbitragem pipocam pelo Brasil. No Rio, o presidente do Atlético Mineiro saiu criticando o juiz por causa de lances que originaram dois gols do Botafogo. Na Ilha do Retiro, no jogo Sport e Vitória, o juiz demorou um minuto para trocar um escanteio por um pênalti, dando a impressão de que alguém falou alguma coisa no seu ponto. No Atletiba, a bola parece ter saído pela linha de fundo antes do primeiro gol do Atlético Paranaense.
Enfim, as últimas rodadas prometem ser as mais complicadas da história do Brasileirão. Como o campeonato segue à deriva, com as omissões da Comissão de Arbitragem e do presidente da CBF, instalou-se um clima de vale tudo, de pressão e de guerra. Só espero que a gente não sinta o cheirinho de mão grande.