Afinal, Pelé foi ou não foi o melhor de todos?

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Em 1985 eu trabalhava na Rádio Record, onde o seu fundador chegava todas as manhãs como se estivesse supervisionando o trabalho na emissora. Com seus 84 anos, Paulo Machado de Carvalho vinha arrastando os chinelos pelos corredores e sempre dava uma passada na minha sala.

Confesso que no começo eu ficava meio incomodado com a presença dele, que sentava na minha frente e ficava um tempão contando suas histórias. Depois, percebi que era um privilégio conversar com o Marechal da Vitória.

Para que os mais jovens entendam esse apelido, depois do fracasso dos dirigentes cariocas nas copas de 50 e 54, ele – paulistano famoso – acabou sendo escolhido para comandar a seleção na Copa de 58. O Marechal da Vitória foi campeão na Suécia e depois no Chile, em 62.

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Numa ocasião eu perguntei ao Dr. Paulo quem tinha sido o melhor jogador que ele tinha visto depois do Pelé. Para meu espanto, aquele que lançou o menino de Três Corações na seleção brasileira respondeu: “Eu entendo a sua pergunta, meu filho. Você só viu o Pelé jogar. O Zizinho tinha mais talento do que ele”.

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