Havelange morreu, mas não deixou de ser corrupto.

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Quando eu era repórter esportivo entrevistei vários dirigentes do futebol brasileiro e, na época, achava o José Ferreira Pinto e o Nabi Abi Chedid bem espertos. Aprendi agora que os dois eram amadores perto dos bandidos que vieram depois. Seria como se a gente comparasse, na política, o Paulo Maluf com o José Dirceu.

Mais tarde, quando fui presidente da Associação dos Cronistas Esportivos, tive uma reunião turbulenta com o Ricardo Teixeira, o todo poderoso da CBF. A sua prepotência foi assustadora quando o assunto passou a ser o seu sogro, o João Havelange considerado o precursor da corrupção na FIFA e que, antes de morrer, só não foi preso por estar chegando ao seu centenário.

Ainda na época da Aceesp, foram desastrosos os meus dois encontros com o presidente da Federação Paulista, o José Eduardo Farah que, mesmo antes da sua morte, já tinha se tornado aprendiz de bruxo perto do seu assessor Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF.

Já que o assunto é corrupção moderna, eu convivi com o J. Hawilla quando ele precisava dividir o almoço num restaurante simples perto da Rádio Globo. O radialista que se transformou num empresário poderoso foi se misturando com os bandidos e acabou se tornando um deles. Foi pego em Miami pela Justiça americana um pouco antes da prisão do José Maria Marin, ex-presidente da CBF.

Mesmo sabendo que a CBF é uma entidade privada, eu não consigo entender como os dirigentes corruptos conseguem se perpetuar em seus cargos. Foi difícil conseguir o afastamento do Ricardo Teixeira e agora não existe CPI capaz de afastar o Del Nero que não viaja com a Seleção com medo de ser preso pelo FBI.

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