Um Marco incomoda muita gente. Dois incomodam muito mais.

Postado em Atualizado em

A situação do nosso futebol feminino precisa ser resolvida com urgência, caso contrário, se a renovação não acontecer, o Brasil fará um papelão nos próximos torneios internacionais e, principalmente, na Olimpíada do Japão.

Quem viu os jogos do último torneio olímpico percebeu que o time brasileiro foi o de sempre, liderado pela fantástica Marta meio desanimada e pela velha Formiga que disputou sua sexta olimpíada. As outras jogadoras foram as mesmas de mundiais e pan-americanos passados.

Pouca gente sabe que nós temos times de futebol feminino nos 26 Estados do país. São poucos e pobres, mas existem. Nos centros maiores, o número de equipes é um pouco mais expressivo: em São Paulo são 14 e no Rio 12. É impossível que não apareçam revelações nos campeonatos regionais, na Copa do Brasil e na Libertadores de Futebol Feminino.

Não estou cobrando a descoberta de uma nova Marta, fenômeno que começou no juvenil do CSA, em Alagoas, e depois foi cinco vezes a maior do mundo. Mas no Brasil inteiro devem existir jogadoras com alguma qualidade ou com um chute um pouco mais forte. Acho que o comando do nosso futebol feminino anda dormindo no ponto.

A gente não podia esperar coisa melhor do Marco Aurélio Cunha, que em 2015 deixou de ser vereador em São Paulo para assumir o cargo de supervisor do futebol feminino. O médico ortopedista, que não deu certo como gerente de futebol do Coritiba, Santos, Figueirense, Avaí e São Paulo, é um dos protegidos na CBF por um outro Marco, o Del Nero.

Preciso escrever mais alguma coisa?

Deixe um comentário