Aleluia! 4 a 0 e o Galvão vai deixar o Neymar em paz.
Eu entrevistei e conheci de perto alguns campeões como Pelé, Émerson Fittipaldi, Nélson Piquet, Ronaldo Fenômeno e Ayrton Senna. Como qualquer pessoa normal, eles tinham defeitos, virtudes, fraquezas e manias. Em algum dia de suas carreiras eles negaram entrevista e todos, sem exceção, passaram por momentos difíceis.
O Rei Pelé era um monstro em campo, mas foi mulherengo e teve uma vida pessoal conturbada, principalmente quando não reconheceu a filha legítima.
Émerson Fittipaldi, bicampeão na F-1 e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, ganhou muito dinheiro nas pistas, mas acaba de se declarar falido por causa de negócios mal administrados.
O momento mais complicado do tricampeão Piquet foi quando ele quase perdeu os pés num acidente em Indianápolis e nem assim deixou de falar mal do Senna.
O imortal e sempre educado Senna morreu sem dar o troco no Piquet, que o acusava de não gostar de mulher, uma meia verdade porque o nosso maior piloto teve várias mulheres e um amante só: o automobilismo.
Antes de ser empresário, o consagrado Ronaldo viveu um momento delicado por causa de alguns travestis e eu lembro bem de quando o Fenômeno pediu três desculpas no Fantástico.
Aonde eu quero chegar? Quero que todos entendam que o Neymar pode errar e que o nosso único craque tem semelhanças e até virtudes que os outros campeões não tiveram: gosta de baladas, como o Pelé, mas teve a coragem de reconhecer o seu filho; tem sérios problemas com a Receita e a Justiça, como o Fittipaldi; não é arrogante como o Piquet; chega a ser educado como o Senna; e – atenção Galvão – tem 24 anos, não 35, a idade em que o Fenômeno começou a fazer as suas besteiras.