Meu parente é melhor do que o seu
Nepotismo em negócio familiar é normal, mas às vezes não funciona bem. Na política é uma prática abominável. Mas no trabalho dos técnicos de futebol chega a ser bem visto porque o conselho recheado de confiança e sem segundas intenções mais ajuda do que atrapalha. São os casos do Matheus, filho do Tite, do Lucas Silvestre, filho do Dorival Júnior, e do Cuquinha, irmão do Cuca.
O Matheus Bacchi se tornou o braço direito do pai depois de sugerir as contratações do Guerrero, autor do gol do título mundial, do Renato Augusto, jogador importante na conquista do título brasileiro, e do Lucca, atual xodó da torcida corintiana.
O Lucas Silvestre, que também tem 28 anos, está há mais tempo trabalhando com o pai. Tem a responsabilidade de comandar parte dos treinos e foi o técnico do Santos em dois jogos da Copa do Brasil.
Cuquinha é mais rodado e veio com o Cuca do futebol chinês. No Palmeiras o seu histórico ainda deixa a desejar por ter sido um dos protagonistas daquela farsa da escuta no jogo contra o Fluminense.
Na Seleção, para que o Matheus possa trabalhar com o pai, a diretoria da CBF estuda como escapar do Código de Ética. Essa restrição é nova e ainda precisa ser aprovada pelo conselho arbitral. Claro que o Del Nero, tão cheio de ética, vai dar um jeito nisso.
Os palmeirenses esperam que o Cuquinha aconselhe o Cuca a nunca mais escalar o Luan. Contra o Cruzeiro, vimos um jogador acima do peso, forrado de músculos como os dois Hulks e que dá a impressão de ser do time dos casados. Para os torcedores, que já o expulsaram duas vezes, ele lembra a Série B.
Ou será que o Luan é parente de algum diretor do Palmeiras?