A casa da Maria Joana
Bem na véspera da Olimpíada do Rio chega a notícia de que 74 profissionais dos exames antidoping não recebem desde setembro do ano passado. Os pagamentos são de responsabilidade de uma entidade criada com um nome que mais parece provocação: ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem).
Nosso esporte é realmente a Casa da Maria Joana. Para quem não sabe, essa expressão foi criada na Idade Média pelos portugueses depois que rainha Joana I regulamentou um bordel onde ela vivia no meio de prostitutas. Significa o lugar em que cada um faz o que quer. Alguma semelhança com o esporte brasileiro?
Agora o assunto é a nossa Copa do Mundo. Descobriram que um comitê não repassou verbas para o pagamento de 17 empresas que organizaram eventos em 2014. A gerente do chamado COL era a Larissa Nuzman, filha do Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador da Olimpíada. E vocês imaginam quem foi um dos presidentes do COL? José Maria Marin, preso nos Estados Unidos.
Alguém consegue adivinhar quem era a diretoria executiva do COL? Joana Havelange, neta do presidente eterno da FIFA e filha do sempre acusado Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF e do COL.
Mais uma chance: quem substituiu o presidente Marin no COL e também está sendo investigado na CPI do Futebol? Essa é fácil: Marco Polo Del Nero, o presidente da CBF que nunca viaja com a Seleção com medo de ser preso.
Chega!